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Paulo Niemeyer Filho

Com o Instituto Estadual do Cérebro, o neurocirurgião provou que é possível oferecer nos hospitais públicos serviços tão bons quanto os dos particulares

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 dez 2016, 12h31 - Publicado em 6 dez 2014, 00h00

 

O médico Paulo Niemeyer Filho costuma dizer que, aos 62 anos, acaba de ganhar um novo filho. O rebento em questão, no entanto, já nasceu grande, com 7 000 metros quadrados, 44 leitos e nove ambulatórios. Trata-se do Instituto Estadual do Cérebro (IEC), um hospital público, instalado no Centro, dirigido por ele e ao qual se dedica com o mesmo afinco e entusiasmo de um pai. “Esse é um projeto de vida, um sonho que persegui durante anos”, diz o carioca. Não por acaso, tem sido seu maior motivo de orgulho. Em um ano e meio de atividade, foram realizadas ali cerca de 1 400 cirurgias ligadas a doenças cerebrais de alta complexidade, a exemplo de aneurisma, tumor, doença de Parkinson e epilepsia. Neste ano, o IEC vem avançando na área de pesquisa, na formação acadêmica e na expansão das instalações. Voltado para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o hospital já virou uma referência nacional na especialidade, recebendo até moradores de outros estados. “Estamos quebrando o paradigma de que a saúde pública tem de ser ruim”, comemora o neurocirurgião.

+ Com 1 000 cirurgias realizadas em um ano de funcionamento, o Instituto Estadual do Cérebro torna-se um exemplo de qualidade na combalida rede pública de saúde

O reconhecimento alcançado, em parte, deve-se à credibilidade que o médico conquistou ao longo das quase quatro décadas dedicadas à neurologia. Em seu currículo constam sólidas passagens pela chefia de serviços da Santa Casa da Misericórdia e da Beneficência Portuguesa, além do atendimento em seu consultório, na Gávea. Por suas mãos já passaram personalidades como o cantor Herbert Vianna, o ator e diretor Paulo José, a atriz Malu Mader e o diretor de cinema Fábio Barreto. Filho do neurocirurgião Paulo Niemeyer (1914-2004), um dos pioneiros do ramo, foi o único de seis irmãos a se interessar pela profissão. Trabalha mais de doze horas por dia, de segunda a sábado, é coordenador do curso de pós-graduação em neurocirurgia da PUC-Rio, ocupa a cadeira 33 da Academia Nacional de Medicina (espécie de ABL dos médicos) e ainda dirige 180 médicos, além de enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, no IEC. “A medicina pública é a área em que você exerce a profissão da forma mais pura, sem nenhum interesse que não seja o de tratar aquelas pessoas que não podem pagar.”

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