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Partos normais superam cesarianas nos hospitais estaduais do Rio

Hospital Estadual da Mãe é recordista da rede; em 2022, mais do dobro dos nascimentos ocorridos lá foram naturais: 4.242 contra 2.001 cirurgias cesareanas

Por Da Redação
12 Maio 2023, 13h36

“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para”. Foi embalada pela música de Lenine que Lara nasceu, num quarto à meia luz no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A trilha sonora para o trabalho de parto foi uma escolha da mãe, a engenheira civil Fernanda Abreu, de 26 anos, que mesmo após um pré-natal pelo plano de saúde buscou a maternidade da rede pública estadual para que a filha viesse ao mundo de forma natural e humanizada. A unidade é considerada a principal referência no atendimento a gestantes do SUS com perfil de baixa e média complexidade na Baixada Fluminense.

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“Minha filha nasceu comigo de cócoras e com meu marido segurando minha mão. Logo após o nascimento, a equipe médica colocou Lara em meus braços e fiquei em contato pele a pele com minha bebê. Sempre tive o sonho de ter um parto em que eu fosse a protagonista, com respeito à ciência e aos meus desejos. Foram momentos inesquecíveis“, conta Fernanda, que contou com uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiras obstétricas, pediatras, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, dentistas, entre outros profissionais. Eles acompanham as  pacientes durante o pré-natal, parto e pós-parto. “Temos nossos grupos educativos, que orientam sobre amamentação e apresentam o plano de parto, onde elas escolhem como será feito”, conta Michele Castro, responsável técnica da obstetrícia do Hospital da Mãe.

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O Hospital Estadual da Mãe é recordista da rede em partos normais. Em 2022, mais do dobro dos nascimentos ocorridos lá foram normais: 4.242 contra 2.001 cesáreas. No mesmo ano, mais de 14 mil bebês nasceram em hospitais e maternidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ). Do total de partos, 7.587 foram normais (53,20%). Já em 2021, dos 15.136 recém-nascidos que vieram ao mundo nas unidades da rede estadual, 60,33% foram por via normal – índice que superou a média nacional (42.99%). Quando entram na conta os números da rede particular, no entanto, a porcentagem dos procedimentos naturais cai. Em todo o estado do Rio, 41,76% dos partos realizados em 2021 foram normais, segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). E em 2022, houve mais uma queda: 40,55%. No Brasil inteiro, nos hospitais da rede privada, apenas 18,24% dos partos realizados em 2021 foram vaginais, de acordo com o painel Indicadores da Atenção à Saúde Materna e Neonatal, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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O parto humanizado é uma determinação da Organização Mundial de Saúde que visa a melhorar a assistência no trabalho de parto, respeitando o tempo materno e do feto para o nascimento. No estado do Rio, a lei que garante esse direito foi sancionada em 2021, pelo governador Cláudio Castro. Ela assegura às gestantes a presença de um acompanhante (parente e doula), cuidados respeitosos, além de boa comunicação entre mulheres e a equipe de saúde.

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“Quando cuidamos e acolhemos essas mães estamos fazendo o mesmo por toda a família”, diz Castro. O secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, enfatiza que o parto natural e humanizado é uma diretriz da secretaria nas unidades estaduais: “Faz parte de um conjunto de procedimentos para dar assistência total à mulher nas nossas unidades”.

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