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Para barrar venda de produtos roubados, prefeitura proíbe feira de Acari

Decreto municipal acaba com a popular "Robauto", que funcionava sem autorização quase diariamente na Avenida Martin Luther King

Por Da Redação
23 jan 2024, 18h37

Tudo que era “molinho de achar”, lá na Feira de Acari, ficou imortalizado na música de MC Batata, da década de 1990. A prefeitura do Rio publicou nesta terça (23) no Diário Oficial um decreto que proíbe o funcionamento da popular “Robauto”, em Acari, na Zona Norte. O prefeito Eduardo Paes já havia anunciado na tarde de segunda (22), que a feira não tinha autorização para funcionar e seria interditada. Segundo ele, os produtos vendidos na feira são adquiridos e comercializados a partir do crime organizado.

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No decreto, a prefeitura aponta que, segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 2023, 30% dos roubos de carga no Brasil se concentraram no estado, somando 3.225 casos. Também de acordo com a Firjan, em 2022, o Rio sofreu prejuízo de quase R$ 390 milhões no que se refere ao roubo de cargas. Não por acaso, a medida procura o combater a comercialização de produtos sem procedência, assim como ao crime organizado no que se refere ao roubo de cargas e comercialização de produtos roubados.

“A ocupação que acontece ali do espaço público é ilegal, prejudica o funcionamento da cidade, o fluxo de pedestres. A gente recebe reclamações, inclusive, de quem mora e transita pela Avenida Martin Luther King“, disse o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, ao Bom Dia Rio, da TV Globo. Segundo ele, os comerciantes que negociam produtos de origem legal podem procurar a prefeitura para fazer um cadastro a fim de solicitar um novo local de trabalho. “O que vimos através do nosso trabalho de inteligência (inclusive documentado) é uma comercialização de produtos fruto do roubo de carga”, afirmou. Os relatórios de inteligência da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) registraram a ligação da Feira de Acari com organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas, roubo de carga, furto de energia e contrabando: “Não há ninguém autorizado a trabalhar naquela localidade. Mas o foco principal é contribuir com a segurança, já que os produtos ali vendidos funcionam como uma engrenagem para a criminalidade”.

Segundo a prefeitura, o comércio funcionava ilegalmente diariamente. No local, eram comercializados eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos, animais silvestres, alimentos não perecíveis, medicamentos, calçados, venenos para ratos, bem como roupas de lojas de departamento pela metade do preço que consta na etiqueta. Além disso, funcionam ainda quiosques irregulares, barracas de churrasco que operam sem o devido regulamento sanitário, banheiros químicos e food trucks, com mesas espalhadas.

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Em nota divulgada nesta terça (23), a Seop afirmou já ter solicitado “às forças policiais a realização de operações para garantir a determinação do Prefeito Eduardo Paes que proibiu a realização da Feira da Acari”.

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