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Paes, parte 4: prioridades e desafios do prefeito mais longevo do Rio

De folga por uma semana, ele se prepara para o novo mandato no comando da cidade, com foco em saúde, mobilidade urbana, segurança pública e educação

Por Da Redação
17 out 2024, 16h44
Eduardo Paes
Eduardo Paes: 'Comportem-se na minha ausência, vou estar de olho em vocês', postou o prefeito antes de tirar uma semana de folga após as eleições. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Prefeito reeleito em primeiro turno, com 60,47% dos votos, para seu quarto mandato à frente da cidade do Rio, Eduardo Paes (PSD) contou em suas redes sociais, no domingo passado, que tiraria uma semana de folga junto da mulher, Cristine. “Comportem-se na minha ausência, vou estar de olho em vocês. Mantenham a cidade limpa e organizada, respeitem as regras e as leis, para eu poder descansar em paz. Qualquer coisa, é só convocar que eu estou no ar. Muito orgulho de poder trabalhar por vocês por mais quatro anos“, disse ele, no vídeo que postou. Precisa mesmo de um respiro, pois há muito o que fazer nos próximos quatro anos.

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Apoiado por uma coligação de onze partidos – a É o Rio Seguindo em Frente, formada por Pode/PRD/DC/Agir/Solidariedade/Avante/PSB/PDT/Federação Brasil da Esperança – FE Brasil/PSD), Paes iniciará o novo mandato tendo como vice Eduardo Cavaliere (PSD), seu ex-secretário de Casa Civil,  e com maioria na Câmara Municipal: soma 28 dos 51 vereadores na nova bancada . Bacharel em Direito, aos 54 anos ele promete centrar esforços em saúde, mobilidade urbana, segurança pública e educação.

“Temos os desafios de acabar com o sofrimento da fila do Sisreg (o Sistema Nacional de Regulação dos recursos de saúde) e melhorar os medicamentos nas clínicas da família”, disse o prefeito na primeira entrevista que concedeu no dia seguinte à reeleição, ao RJ TV. Durante a campanha, ele disse que está à disposição para parcerias e tem condições de assumir a gestão de unidades federais de saúde, desde que todos os recursos para custeio e pessoal sejam repassados. Em seus planos está criar mais dois Super Centros, nas zonas Norte e Oeste, e um programa dedicado às famílias com pessoas do espectro autista com 8 centros de referência, além de supervisionar com mais rigor o atendimento na rede.

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Na mesma entrevista, Paes citou melhorias significativas no sistema BRT, mas admitiu considerar os ônibus das linhas regulares “uma vergonha”. “Como que a gente amplia isso? Quando falamos de ônibus regulares, são 5, 6 mil ônibus girando pela cidade. Nós vamos buscar fazer uma nova concessão e a partir daí exigir mais qualidade”, disse ele, que se gaba de ter voltado com mais de 180 linhas de ônibus que tinham sido desativadas, além de ter investido mais de R$ 1 bilhão nas obras viárias de Campo Grande e aprimorado as ferramentas de controle de tráfego do Centro de Operações. “Agora, vamos fazer com os ônibus convencionais a mesma revolução feita com o BRT. Além disso, queremos dar início à transição do sistema BRT de rodas para um Sistema Leve sobre Trilhos, a partir da Transcarioca e da Transoeste, ampliar as integrações tarifárias com a nova bilhetagem digital e implantar faixa azul para motos nas principais vias da cidade”, prometeu na campanha.

O prefeito também elencou a segurança pública como uma das prioridades, por ser um dos temas que mais gera preocupação nos cariocas. Mesmo lembrando que esta é uma atribuição do governo do estado, ele afirma que a prefeitura vai auxiliar na tarefa. “É óbvio que o prefeito pode ajudar, trabalhar em conjunto, com ações de ordenamento, sistema de câmeras, BRT seguro, Operação Verão e Guarda Municipal. A prefeitura é uma força auxiliar”, disse à TV Globo, lembrando que pretende levar para frente a discussão sobre o armamento da Guarda Municipal. A ideia é que um grupo de elite da corporação seja armado, após treinamento rigoroso.

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Sobre educação, a ênfase será no ensino infantil. Em entrevista à Rádio Tupi, também pós- eleição, Paes relembrou que, em seus mandatos anteriores, foram criadas 60 mil vagas em creches. Entretanto, ainda existe um déficit de 7 mil vagas, que ele se comprometeu a reduzir: “Meu compromisso é criar mais 13 mil vagas e resolver essa questão o mais rápido possível”, prometeu. Entre suas propostas está tornar a cidade a 1ª capital do país em matrículas com ensino em tempo integral, além de seguir avançando na infraestrutura e ampliando de 200 para 500 o número de GETs, os Ginásios Educacionais Tecnológicos.

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