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Padre faz apelo após peça tombada ser roubada de igreja no Centro do Rio

Preso nesta segunda (6), suspeito pelo roubo de parte do ostensório da Igreja de São Francisco de Paula foi solto horas depois

Por Da Redação
Atualizado em 7 nov 2023, 14h30 - Publicado em 7 nov 2023, 14h27

Preso nesta segunda (6), o suspeito pelo roubo de parte do ostensório em liga metálica e pedras semipreciosas da Igreja de São Francisco de Paula, no Centro, foi solto horas depois. O acusado, identificado como Raimundo, confessou o crime e foi liberado por ser réu primário e não ter sido preso em flagrante. A peça do século XIX, furtada no sábado (4) e levada por dois outros homens, ainda não foi recuperada. O padre da paróquia, Álvaro Inácio – que chegou a ir atrás do ladrão após indicação de moradores da região e frequentadores do templo religioso, que chamaram a polícia -, acredita que ele possa tê-la vendido para alguém nos arredores da Central ou no Morro da Providência.

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“Ficamos contentes pela mobilização das pessoas, que postaram imagens e estão tentando ajudar para que a peça seja recuperada e devolvida para o lugar dela”, disse o padre que, procurou a Polícia Civil e fez o registro do furto. Como a peça roubada é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),  a Polícia Federal (PF) também foi acionada e está investigando o caso. No momento em que a peça foi furtada, a igreja estava sendo preparada para um casamento. As grades estavam fechadas, mas a porta principal estava aberta. O suspeito, que vestia apenas uma bermuda, entrou na igreja, às 14h23 de sábado (4).

Imagens de câmeras de segurança mostram quando o homem começa a andar pelo corredor da igreja. Ele para na frente do mostruário que guardava a peça sacra, quebra o vidro de proteção com uma cotovelada e a retira de lá. Na sequência, coloca o ostensório, que pesa mais de 10 quilos, nas costas e anda até a janela mais próxima. O suspeito tenta abrir a janela para escapar, mas não consegue. Na sequência, leva o objeto roubado para a entrada da igreja. As câmeras também registraram o momento em que o ladrão retorna para o corredor sem nada nas mãos. Mais tarde, o homem parece chamar alguém na rua e retorna para o interior da igreja. As câmeras não mostram o final da ação criminosa. Mas, segundo o padre Álvaro, o ladrão separou a peça em dois pedaços. Ele escondeu a maior parte e saiu com o pedaço menor da peça, além de levar uma cruz de madeira e outros pequenos objetos.

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As câmeras de segurança também flagraram dois suspeitos levando a parte de cima da arte sacra no sábado (4). Em nota, a Polícia Civil afirmou que “o caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá) e investigações estão em andamento para apurar a autoria do crime e esclarecer todos os fatos”. Ainda segundo o pároco, o ladrão voltou à igreja para tentar levar a base que completa o objeto. “A gente viu pelas câmeras que um dos suspeitos voltou aqui de novo para procurar o que tinha escondido, mas não encontrou porque nós já tínhamos recuperado e guardado. Infelizmente, ainda não temos nenhuma novidade nas investigações, e a parte furtada ainda não foi recuperada”, disse ele ao jornal O Dia.

A Igreja de São Francisco de Paula teve as obras iniciadas em 1756 e concluídas no ano de 1801. O altar e a capela foram esculpidos por Mestre Valentim. Ostensórios são usados no momento da adoração eucarística, para receber a hóstia. “Era uma peça muito bonita. Ela ficava exposta para que os fiéis pudessem ver sempre que quisessem. Já não era tão utilizada, por ser uma peça muito grande, tem 1,40m e por ser mais difícil de usar”, explicou o pároco.

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Já no Cemitério São João Batista, em Botafogo, uma estátua de bronze de 1,60m de altura foi furtada. A peça ficava no mausoléu do escritor e médico Cláudio de Souza, que fez parte da Academia Brasileira de Letras (ABL). A supeita é de que o roubo tenha acontecido no fim de semana retrasado. Um pé de cabra foi encontrado jogado na base do mausoléu, que fica na alameda principal do cemitério, que desde 2014 é administrado pela Rio Pax, que vai abrir procedimento interno para apurar o caso.

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