OSB comemora os seus 75 anos tocando Beethoven
Compositor alemão é o autor mais interpretado em toda a história da Orquestra Sinfônica Brasileira

Esta foto, tirada em 17 de agosto de 1940, é uma preciosidade. Vem do baú da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e retrata sua primeira formação, com todos devidamente enfileirados no Theatro Municipal. Destacam-se o regente, o húngaro Eugen Szenkar, o spalla (primeiro-violino) Fritz Gottwald, que era argentino, e ainda Cláudio Santoro, violinista e compositor, tio por afinidade dos gêmeos violoncelistas do Duo Santoro, atuantes até hoje. A orquestra, que neste mês completa 75 anos de atividade, vem promovendo concertos comemorativos. No último sábado (8), com a participação do pianista Arnaldo Cohen, eles tocaram no Municipal uma peça do carioca Ronaldo Miranda e duas de Beethoven — o compositor alemão é o autor mais interpretado em toda a história da OSB. Na próxima sexta (21), na Sala Cecília Meireles, na Lapa, e no sábado (22), na Cidade das Artes, na Barra, o repertório trará mais Beethoven, além de Mozart e Bach, desta vez tendo como convidada a violinista americana Simone Porter. Reconhecidamente um dos mais importantes grupos de música erudita do país, a orquestra não está, no entanto, imune a momentos de turbulência, como o que ocorreu em 2011, quando a Fundação OSB, já sob o comando de Roberto Minczuk, anunciou uma reavaliação dos instrumentistas — muitos deles boicotaram as provas, e houve demissões. Mas crise é fato raro em seus quadros. Entre os orgulhos da trajetória da orquestra elencam-se nomes como Nelson Freire (pianista), Antônio Meneses (violoncelista) e aquele que é até hoje o seu maestro de maior popularidade, Isaac Karabtchevsky.
