Como operava quadrilha que negociava animais silvestres pelo WhatsApp
Operação Garras da lei já prendeu quatro pessoas; grupo anunciava diversas espécies divulgando fotos, vídeos e preços, como uma feira virtual
Quatro pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Civil do Rio na manhã desta quinta (17), na operação Garras da Lei, que mira suspeitos de vender animais silvestres por meio de um grupo de WhatsApp chamado “Exóticos RJ e Região dos Lagos”. O objetivo das equipes é cumprir 25 mandados de busca e apreensão. Dos presos, três são acusados de tráfico de animais e um por tráfico de drogas, já que em sua casa, na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital, foram encontrados tabletes de cocaína. A quantidade de animais aprendidos e suas espécies ainda não foram divulgadas.
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As investigações sobre o grupo criminoso, que tem um policial militar como integrante, começaram em maio de 2023, após a prisão em flagrante de três caçadores de animais silvestres. Eles foram surpreendidos quando capturaram um bicho-preguiça no Parque Lage, área da Floresta da Tijuca. A partir dessa prisão, os policiais chegaram ao grupo de WhatsApp, usado como uma feira virtual de venda de animais. Os anúncios são feitos com divulgação de fotos e vídeos e trazem os preços dos bichos, que variam conforme a demanda e a época do ano. No grupo são oferecidas diversas espécies de animais, entre eles primatas (principalmente macacos prego e saguis), aves (papagaios, tucanos e corujas), jacarés, sapos, baratas, tartarugas e cobras.
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Além da capital, os policiais atuam nas regiões Norte, Noroeste, dos Lagos e na Baixada Fluminense. A operação é da 14ª DP (Leblon), com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio
Ambiente (DPMA).