Operação do Bope tenta encontrar bandidos que levaram deputada Lucinha
Parlamentar foi abordada quando deixava sítio em que iria comemorar seu aniversário neste domingo (1) e obrigada a dirigir até comunidade próxima
O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar faz na manhã desta segunda (2) uma operação na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio. Na manhã de domingo (1), três homens armados levaram a deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD-RJ), de um sítio em Campo Grande para lá. Os criminosos estavam em fuga da comunidade Viegas, em Senador Camará, quando renderam a parlamentar em um carro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Obrigada a dirigir até a Vila Kennedy, Lucinha foi liberada logo em seguida e passa bem. O veículo foi recuperado, assim como uma das armas dos seguranças dela. Segundo a PM, a “ação não está relacionada” à ocorrência envolvendo a parlamentar e tem o “intuito de impedir a movimentação de criminosos e coibir o roubo de carros e cargas”.
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Os bandidos teriam invadido o sítio para roubar carros. Na fuga, eles reconheceram a deputada e renderam seus seguranças. A parlamentar estava no local para festejar seu aniversário de 63 anos. Mas, por causa da chuva que caía na cidade, a comemoração marcada para este domingo (1) foi cancelada. Quando ela e sua equipe estavam desmontando a festa, os criminosos entraram no local e abordaram todos os presentes. De acordo com as investigações, um dos seguranças de Lucinha foi reconhecido como policial militar e os bandidos chegaram a ameaçá-lo de morte. A parlamentar conversou com os criminosos, que exigiram um carro para deixarem o local.
Foi o policial militar que atua como segurança de Lucinha que acionou as autoridades sobre o caso. A partir daí, os PMs passaram a rastrear o veículo. Os militares encontraram o veículo e a parlamentar conseguiu sair da favela em um carro de aplicativo. Em nota, a assessoria de Lucinha informou que a deputada está bem e em segurança. O presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, determinou que uma equipe da Casa acompanhe o caso, que foi registrado na 35ª DP (Campo Grande). Mas, por determinação de José Renato do Nascimento Torres, secretário de Polícia Civil, a investigação ficará a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). “Testemunhas prestaram depoimento e os agentes estão coletando imagens de câmeras de segurança para auxiliar na identificação dos criminosos. Outras diligências seguem e a investigação está em andamento”, diz nota da Polícia Civil.
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Lucinha foi eleita com 67.034 votos para o atual mandato na Alerj. Nas eleições de 2008, foi a vereadora mais votada da capital, com 68.799 votos. Ela começou a sua carreira política na década de 1980, sendo eleita vereadora pela primeira vez em 1997, pelo PSDB. Em 2000, foi reeleita. Na época, presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a máfia do IPTU. E exerceu mais dois mandatos como vereadora. Em 2011, ela tomou posse pela primeira vez como deputada estadual e deste então segue na Alerj.