Quem é Natalino Guimarães, preso suspeito de grilagem de terra em Búzios

Outros seis acusados foram presos; quadrilha usava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e fazia queimadas

Por Da Redação
10 dez 2024, 14h09
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Natalino Guimarães: ex-deputado estadual e irmão do ex-vereador Jerominho Guimarães, com quem fundou a milícia que ficou conhecida como Liga da Justiça. (TV Globo/Reprodução)
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A Promotoria de Búzios e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam, na manhã desta terça (10), o ex-policial civil Natalino Guimarães, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, por organização criminosa. Com mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital, ele é acusado de invasão de terras, crimes ambientais e loteamento irregular em Búzios, na Região dos Lagos. Doze pessoas foram denunciadas na Operação Nova Grilagem. Além de Natalino, outros seis alvos foram presos.

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“Sou inocente de tudo. Esses fatos não são verdadeiros. Eu quero viver a minha vida ao lado da minha família. Eu não tenho nada a ver com isso. Vou procurar a justiça. Espero que a justiça faça a justiça que não fizeram comigo no passado. Nego completamente. Não tem empresa nenhuma em Campo Grande”, disse Natalino ao chegar à cidade da Polícia, antes de ser transferido para a Polinter. Natalino, de 68 anos, é ex-deputado estadual e irmão do ex-vereador Jerominho Guimarães. Os dois são apontados como fundadores, nos anos 1990, da milícia que ficou conhecida como Liga da Justiça. Jerominho foi morto em agosto de 2022, segundo o Ministério Público por ter traçado um plano para reassumir a milícia que ajudou a fundar.

As investigações começaram a partir de notícias-crime sobre invasões de terras por grupos armados em terrenos na região da Estrada da Fazendinha, em Búzios, próximo à divisa com Cabo Frio. Segundo a denúncia do Ministério Público, o grupo estaria atuando desde 2020, com violências e fraudes para ocupar e vender terrenos na região. As apurações revelaram ainda que a quadrilha usava seguranças armados para intimidar moradores e proprietários, desmatava áreas protegidas e fazia queimadas. O grupo teria se aliado também a uma empresa de Campo Grande, na Zona Oeste da capital, para o loteamento da área invadida e venda dos terrenos. A quadrilha também dava lotes a integrantes da milícia em troca de serviços de segurança nas regiões invadidas.

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Ao todo, a operação da Polícia Civil   do MP visa a cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão contra integrantes da organização criminosa responsável pela prática de grilagem. Os mandados expedidos pelo Juízo da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital estão sendo cumpridos em diversos endereços nos municípios de Búzios, Cabo Frio e Rio das Ostras, além da capital.

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