“Não é para temer”, diz biólogo sobre tubarão avistado na Praia da Barra
Alunos de uma escola de surfe na altura do Posto 5 "voaram" para a areia quando viram a barbatana do animal neste domingo (18)

Esqueça a cena de filme amedrontador da década de 1970. Um tubarão nadando pelo mar do Rio de Janeiro não é motivo para pânico.
É o que explica o biólogo Marcelo Szpilman após a aparição de um tubarão-martelo nas águas da Barra da Tijuca no último domingo (18). “Essa espécie é comum no nosso litoral e as pessoas não precisam ter medo de ataque, porque é muito raro isso acontecer. Nos últimos 200 anos, só tivemos oito incidentes com tubarões no litoral fluminense. Em boa parte do Brasil o risco é sempre desprezível”, explicou Szpilman à TV Globo.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui
Não que quem estivesse na água não saísse correndo… Alunos de uma escola de surfe, na altura do Posto 5, “voaram” para a areia quando viram a barbatana. Quem filmou o animal foi o professor da escolinha Juan Duarte.
“À primeira vista, eu não entendi muito, só vi meus alunos saindo bem rápido. E assim que um deles chegou a mim, ele falou: ‘Tubarão! Tubarão!’. Aí eu já me levantei da cadeira bem rápido e já fui atrás [para filmar]”, narrou. Juan lembrou que é raro avistar tubarões na Barra. “A gente viu pela barbatana que ele era bem grande, uns 2,5 metros de comprimento”, complementou Pablo, pai de Juan e também instrutor de surfe.
+ Sob nova ótica, O Mercador de Veneza estreia no Teatro Nelson Rodrigues
Segundo Marcelo Szpilman, é muito comum o animal chegar perto da praia, das ondas, para pegar cardumes e tentar se alimentar, mas ele não representa riscos aos seres humanos.
Três cantoras apresentam novos espetáculos na cidade
O Corpo de Bombeiros informa que finca bandeiras roxas nas praias quando há presença de animais marinhos, como tubarões.
Nesses casos, é bom evitar nadar em áreas isoladas. Procure ficar em grupo quando estiver na água.
Evite usar objetos brilhantes, como joias, que podem refletir luz e atrair animais marinhos.
+ Leticia Vieira, de Vale Tudo: “Não tenho técnica, mas tenho vivência”
Evite entrar na água durante o amanhecer ou entardecer, quando muitos tubarões estão mais ativos e se alimentando.
Evite nadar próximo a cardumes ou áreas com muita pesca.
Evite roupas de cores muito vivas — os tubarões percebem bem o contraste.
“É recomendado que não se estimule a interação com o animal, nem a pesca, já que várias das espécies brasileiras são consideradas ameaçadas de extinção”, reforça o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).