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Namorada de advogado executado diz que ele trabalhava com cassino on-line

Rodrigo Marinho Crespo estaria com dificuldades financeiras; três suspeitos de envolvimento no crime já identificados estão presos

Por Da Redação
Atualizado em 5 mar 2024, 17h32 - Publicado em 5 mar 2024, 16h54

Em depoimento à polícia, a namorada do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado no último dia 26, no Centro do Rio, disse que a vítima passava por problemas financeiros e estava advogando para pessoas vinculadas a “cassinos on-line”. Segundo ela, Rodrigo perdeu clientes importantes recentemente e teve que vender seu carro, uma Mercedes Benz. Dias antes do crime, o advogado teria dito para ela que estaria arrecadando fundos para abrir um novo negócio e que faltava encontrar o “operador”. No sábado, dia 24, ele teria saído para encontrar um homem chamado “Marcelo”, “para tratar de assuntos de negócio”. De acordo com ela, ele seria o tal “operador”.

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Nesta terça (5), dois suspeitos se entregaram na Delegacia de Homicídios da Capital. O primeiro foi o policial Leandro Machado da Silva. A investigação apontou que o PM foi responsável por coordenar toda a logística do homicídio. Ele seria segurança de Vinícius Drumond, filho do contraventor Luizinho Drumond, o que Vinícius nega. No fim da tarde, foi a vez de Eduardo Sobreira Moraes, de 37 anos, apontado como responsável pela vigilância e monitoramento da vítima, inclusive no dia do crime. Nomeado ao cargo de assistente do Departamento de Patrimônio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) três dias depois do crime, ele foi exonerado nesta segunda (4).

Pela manhã, outro suspeito de envolvimento no assassinato já havia sido preso: Cezar Daniel Mondego de Souza, era um dos responsáveis “pela vigilância e  monitoramento da vítima nos dias que antecederam o crime, e também no dia do fato”, segundo a polícia.  Cezar Daniel também trabalhava no Departamento de Patrimônio da Alerj desde abril de 2019 e ganhava R$ 6 mil como assessor comissionado. Em dezembro do ano passado, foi “rebaixado” e passou a receber R$ 2 mil.

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Os três suspeitos de envolvimento na execução já identificados estão presos, mas ainda não se sabe quem é o mandante do crime e sua motivação. A informação sobre os cassinos pode ser um indício de que a atuação do advogado estaria incomodando o crime organizado. Rodrigo era sócio fundador, desde 2010, do escritório Marinho & Lima Advogados, cuja sede fica perto do local do crime. As áreas de atuação do escritório incluem, como consta em sua página na internet, Direito do Entretenimento e Jogos, tais como loterias estaduais, produtos de capitalização na modalidade filantropia e consultoria para implantação de operações relacionadas aos jogos que possuem amparo legal. Numa rede social, ele escreveu que costumava falar sobre a “regulamentação do mercado brasileiro de jogos lotéricos e registro de apostas”. Sócio de Crespo, Antônio Vanderler de Lima Júnior, no entanto, nega a informação sobre os cassinos. Em seu depoimento ele diz que Rodrigo era muito estudioso e teria feito um artigo sobre o assunto. Também confessou que estava afastado da vítima “pois estavam em momentos diferentes da vida“.Já a irmã do advogado disse, também em depoimento, que ele estava estudando sobre a regulamentação de jogos no Brasil e que queria entrar no mercado.

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