Novo espaço para a arte
Sérgio Gonçalves Galeria, no Centro, abre as portas com os doze artistas da coletiva Moto-Contínuo
Paulista de Sorocaba, Sérgio Gonçalves deu os primeiros passos como marchand na década de 80, representando informalmente um amigo artista plástico. Animado com a experiência, começou a trabalhar com outros nomes do meio, entre Rio e São Paulo. Aos 30 anos, foi convidado para assumir a galeria Almacén, na Barra, após a morte de seu fundador, Lineu Fernando de Almeida. Lá passou os últimos dezesseis anos até concretizar o desejo de montar o próprio escritório de representação artística com espaço para exposições. O local, batizado com seu nome, será aberto ao público na quarta (18) exibindo a coletiva Moto-Contínuo. Exceto pela presença do gaúcho Carlos Vergara, com duas monotipias em acrílica de 2011, a mostra inaugural traz trabalhos de nomes representados exclusivamente pelo galerista no Rio. São onze artistas: os brasileiros Carlos Araújo, Eduardo Ventura, Raimundo Rodriguez, Laura Michelino, Clarissa Campello e Daniela Seixas, o francês Bernard Pras, o americano Bill Beckley, o alemão Manfred Leve, o colombiano Eduard Moreno e o espanhol Carlos Aires. Cada um exibe duas obras.
Entre criações desenvolvidas nas mais variadas técnicas, de pintura a grafite, chama atenção Le Vieil Homme Triste (2011), de Bernard Pras, fotografia de um homem sentado em uma cadeira. O efeito tridimensional da imagem é fruto de um trabalho minucioso. Pras produz, primeiro, uma instalação com objetos diversos dispostos em posições precisas. A foto do aparente amontoado de coisas espalhadas em uma sala é feita de um ângulo determinado que resulta na figura retratada.
Moto-Contínuo. Sérgio Gonçalves Galeria. Rua do Rosário, 38, Centro, ☎ 2263-7353 e 2253-0923. Terça a sábado, 11h às 19h. Grátis. Até 20 de maio. A partir de quarta (18).