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O que já se sabe sobre a morte das girafas no Portobello Safári, em Mangaratiba

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal propõe ação contra Bioparque do Rio, que importou os animais; laudos das necrópsias devem sair nesta sexta (28)

Por Da Redação
Atualizado em 26 jan 2022, 14h06 - Publicado em 26 jan 2022, 14h06
Bioparque do Rio
Bioparque: espaço ainda não tem girafas, pois o casal da espécie que vivia no antigo zoológico do Rio morreu há sete anos. (BioParque do Rio/Divulgação)
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Cerca de 45 dias após a fuga e posterior morte de três girafas trazidas da África do Sul no fim do ano passado para se tornarem atração no Bioparque do Rio, o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal protocolou na noite desta terça-feira (25) uma ação civil pública na Justiça do Rio contra a empresa que administra o espaço. Na segunda-feira (24), a Polícia Federal (PF) já havia aberto um inquérito, enquanto o Ministério Público Federal (MPF) recebeu uma representação para apurar o caso. Já o Inea informou ter recebido os laudos das necropsias também nesta terça-feira, mas espera concluir as análises dos documentos até sexta (28) para só então divulgá-los.

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No dia 11 de novembro de 2021, dezoito girafas desembarcaram no Aeroporto Internacional do Galeão. Vindas de Joanesburgo, elas foram compradas pelo BioParque do Rio, que não conta com animais desta espécie em exibição. Mas desde então estão no Portobello Safári, em Mangaratiba, num período indeterminado de adaptação. No dia 14 de dezembro, seis dos dezoiteo animais fugiram. Embora tenham sido recapturados, três acabaram morrendo. A causa das mortes permanece sendo um mistério.

Na quarta-feira da semana passada (19), o Ibama aceitou uma denúncia do ambientalista Márcio Augelli, que acusou o Portobello Safari de manter as girafas confinadas em um galpão de pequenas baias de 40 metros quadrados, com três girafas em cada. Na denúncia, ele afirma que testemunhas com acesso ao local contaram, sem se identificar, que os animais viviam em ambiente insalubre, com fezes e urina espalhados pelo chão, sem luz do sol e sem local para circularem, o que caracterizaria maus-tratos.

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A ação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal pede a proibição do BioParque de comercializar as girafas adquiridas na África do Sul, que a instituição seja impedida de importar qualquer animal da fauna exótica (mesmo mediante licença já concedida pelo Ibama) até que o processo seja concluído, além da inclusão de todo o procedimento administrativo de importação no Ibama ao processo judicial. No processo judicial também consta o pedido para que as girafas sejam logo remanejadas para o BioParque.

“Um dos nossos pedidos na ação é para que o BioParque inicie imediatamente a construção de um recinto com as características exigidas pelo Ibama, ou seja, 600 metros quadrados para duas girafas com piso de terra, grama e vegetação rasteira num prazo irrevogável de 15 dias, sob pena de aplicação de multa diária de 50 mil reais“, explicou ao jornal Extra a advogada Ana Paula de Vasconcelos, que integra o Fórum e protocolou a ação em parceria com as OSCIP Ampara Animal e pela agência Anda Animal.

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A advogada acrescentou que, após ter acesso ao procedimento de importação, acionará novamente a Justiça para que as girafas sejam repatriadas para a África do Sul: “A gente precisa melhorar a condição de vida delas (das girafas), tirá-las do local horroroso onde estão. O BioParque não é ótimo. Mas lá, certamente, a situação delas não será tão ruim. Depois, trabalharemos na repatriação”.

 

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