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Caso de polícia: milícias já controlam mais de 1.200 farmácias no Rio

Segundo a polícia, criminosos movimentam cargas roubadas e extorquem lojas em toda a cidade e na Região Metropolitana com cobrança de taxas de segurança

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 ago 2022, 14h31 - Publicado em 11 ago 2022, 14h08

As milícias já controlam 1.217 farmácias no Rio de Janeiro, segundo dados da Polícia Civil. De acordo com o levantamento, se o crime organizado criasse uma empresa formal, seria um dos três maiores grupos do varejo farmacêutico nacional, considerando apenas uma região. A título de comparação, as Farmácias Pague Menos encerraram o primeiro semestre deste ano com 1.193 pontos de venda em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.

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O domínio das milícias em farmácias do Rio envolve tanto a movimentação de cargas roubadas e a extorsão de unidades já existentes, por meio da cobrança de taxas de segurança. Segundo o Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ), os fiscais sofrem intimidação para não fiscalizar as lojas controladas pelos criminosos nem supervisionar se regras básicas estão sendo cumpridas pelo estabelecimento, como a exigência de farmacêuticos no local.

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Em 2020, a Polícia Civil do Rio de Janeiro promoveu uma operação contra farmácias que estão sob o poder da Liga da Justiça. A milícia ocupa áreas na Zona Oeste da cidade e também na Baixada Fluminense, usando as lojas como meio para lavagem de dinheiro e venda de produtos originários de roubos de carga. Mas é na Zona Norte que está a maior concentração de farmácias dominadas por criminosos: 366 unidades, um percentual é de 30% do total. A Baixada Fluminense concentra 296 unidades, seguida pelo eixo Itaboraí/Niterói/São Gonçalo e pela Zona Oeste.

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Foto mostra gráfico em formato de círculo com as áreas de maior atuação da milílcia
Controle; as áreas com mais farmácias sob domínio da milícia (Panorama Farmacêutico/Reprodução)

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“As áreas controladas pela milícia são aquelas nas quais enfrentamos os maiores problemas. Há locais em que conseguíamos entrar em 2020 e que hoje não fiscalizamos mais”, disse Flavio Correa, chefe do Serviço de Fiscalização do CRF-RJ, em entrevista ao portal UOL. Segundo ele, uma representante do conselho recebeu ameaças com arma de fogo ao tentar autuar uma farmácia em Campo Grande, em agosto de 2019.

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