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Mais água, menos alagamentos: o que muda na Lagoa após obras da prefeitura

Projeto promete reintegrar áreas alagadas e oficializar novo trajeto da ciclovia; trabalho, em três fases, começou na altura do Parque do Cantagalo

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2023, 12h48 - Publicado em 21 jun 2023, 12h46
Ciclovia passará por trás da quadra esportiva. Região em volta da quadra voltará a ser lagoa Divulgação
Ciclovia: rota oficial passará por trás da quadra esportiva. (./Divulgação)
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A Lagoa Rodrigo de Freitas vai ganhar novos 2.600 metros quadrados de espelho d’água, incorporando áreas que ficam constantemente alagadas — em frente ao Parque do Cantagalo e no Parque dos Patins — ao perímetro da Lagoa, oficializando o novo traçado para a ciclovia e fazendo a readequação ambiental desses trechos. O projeto, que vem sendo chamado de “naturalização” da Lagoa, é uma iniciativa da Subprefeitura da Zona Sul, em parceria com a Fundação Rio-Águas.

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O trabalho será executado em três fases: remoção das instalações urbanas (postes, meio-fio, pista e iluminação); adequação ambiental com o acerto topográfico da área, visando criar as condições ambientais ideais para a implantação do projeto de recuperação da comunidade vegetal, composta por espécies vegetais perilagunares (como grama de mangue, samambaia-do-brejo, algodoeiro de praia e mangue-vermelho), e instalação de cercado protetivo e placas informativas. As obras começaram na altura do Parque do Cantagalo, e lá devem durar 60 dias. Segundo o biólogo Mario Moscatelli, responsável técnico pelo projeto, neste trecho, assim como no Parque dos Patins, o solo é extremamente instável por conta de sua composição natural (geralmente silte, argila e turfa), que torna praticamente impossível impedir o alagamento em épocas de cheia.

Com a mudança, a ciclovia que passava na frente da lagoa vai ficar atrás da quadra esportiva, que alagava com frequência. Assim, os desvios que hoje já acontecem quando há inundação passarão a ser a rota oficial. E, em ambos os trechos, a antiga pista de ciclismo dará lugar a várias espécies de vegetação nativa. Ainda há previsão da criação de um observatório de aves para que os visitantes possam ver os pássaros e aproveitar o ar livre.

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De acordo com o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, está é uma solução verde para resolver problemas causados pelos sucessivos aterramentos que, ao longo de mais de um século, reduziram em 50% a área original da Lagoa Rodrigo de Freitas. “Pela primeira vez na história a Lagoa vai voltar a crescer”, disse ele ao jornal O Globo. Moscatelli lembra que a Lagoa se estendia à Rua Jardim Botânico, ao Hipódromo da Gávea, ao condomínio Selva de Pedra e à sede do Clube do Flamengo. E que, com a supressão de suas margens naturais e sua vegetação, houve também uma redução da fauna nativa. Ele acrecenta que, com o trabalho que vem sendo realizado na região desde 1989, já se observa um aumento de biodiversidade no local, o que mostra a importância de seguir com as iniciativas.

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