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Meninos envenenados: ex-padrasto suspeito do crime se entrega à polícia

Ele buscou o pequeno Benjamin na escola e ofereceu um açaí com chumbinho, e não um bombom, como indicavam as primeiras investigações

Por Da Redação
13 nov 2024, 16h03
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Rafael Furtado: ex-padrasto dizia aos vizinhos que era pai de Benjamin. (Redes sociais/Reprodução)
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Apontado como o principal suspeito da morte por envenenamento de dois meninos, Rafael da Rocha Furtado, de 26 anos, se entregou à polícia na noite desta terça (12), na sede da Delegacia de Homicídios da capital. Ele é ex-padrasto do menino Benjamin Rodrigues, de 7 anos, que morreu no mês passado, após ingerir um açaí com chumbinho. Amigo de Benjamim, Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, também ingeriu a bebida e morreu. Rafael teve o mandado de prisão temporária expedido pela 3ª Vara Criminal da capital, com duração de 30 dias.

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Os crimes aconteceram em Cavalcanti, na Zona Norte. O exame toxicológico de Ythallo confirmou que ele foi intoxicado com terfubós, substância encontrada no chumbinho, veneno usado contra ratos que tem venda proibida. Inicialmente, acreditava-se que as duas crianças tivessem sido envenenadas após comerem um bombom, perto da escola onde estudavam, que teria sido entregue por uma mulher na rua. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informou, no entanto, que não foi encontrado qualquer indício dessa mulher.

De acordo com a Polícia Civil, Rafael buscou Benjamin na escola e ofereceu o açaí. No caminho para casa, Benjamin encontrou Ythallo, com quem dividiu a bebida. Ythallo morreu no mesmo dia em que foi intoxicado, em 30 de setembro, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Já Benjamin morreu em 9 de outubro, após passar dias internado no Hospital Miguel Couto.

Rafael e a mãe de Benjamin mantiveram um relacionamento até julho passado. Segundo as investigações, o suspeito dizia aos vizinhos que era marido dela e pai do menino. Ele procurava estar sempre próximo à família, inclusive levando Benjamin à escola. Os investigadores começaram a desconfiar do ex-padrasto e chegou ao nome de Rafael após analisar as imagens de câmeras de segurança. O suspeito era considerado foragido depois que a polícia o procurou, sem sucesso, em sua casa na comunidade Primavera, em Cavalcante.

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O pedido de prisão de Rafael foi expedido pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal da Capital, que enquadrou o suspeito por homicídio qualificado. Ainda não se sabe a motivação do crime.

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