Matheus Santana
Eleito o melhor atleta da natação em 2014, o medalhista superou o diabetes e se tornou uma promessa olímpica
Aos 18 anos, Matheus Santana é uma das principais promessas de medalhas para os Jogos Olímpicos de 2016. E seu desempenho nas competições no decorrer do ano comprova tal expectativa. Em abril, na disputa dos 100 metros livres no troféu Maria Lenk, em São Paulo, competindo em uma categoria acima da sua, o carioca ficou em segundo lugar, atrás apenas do consagrado Cesar Cielo, o único nadador brasileiro com uma medalha de ouro olímpica. A seguir, embarcou para uma nova competição, a Olimpíada da Juventude, realizada em agosto, em Nanquim, na China, com a participação de 204 países. Voltou de lá com três medalhas no peito — um ouro e duas pratas. Especialista no nado livre, superou-se mais uma vez: venceu a prova dos 100 metros, quebrando o recorde mundial júnior, que já era seu, com o tempo de 48s25. “Foi uma competição excelente, e já deu para sentir o clima dos Jogos”, avalia.
Nascido e criado em Botafogo, Matheus desenvolveu sua aptidão na piscina do clube alvinegro. Como tantos garotos, começou a nadar para atenuar os sintomas de uma bronquite e pegou gosto pelo esporte. As conquistas deste ano, no entanto, não são resultado só da aptidão para as braçadas, mas de uma volta por cima. Diabético desde os 8 anos, ele foi cortado do Mundial Júnior em Dubai, em 2013, por problemas de saúde. “Na época, havia me mudado para treinar em Santos e perdi o controle sobre a alimentação. Acabei comendo o que não devia, e meus índices dispararam”, recorda. O susto foi suficiente para que Matheus voltasse aos eixos, com um cardápio equilibrado, treinos na piscina de segunda a sábado, além de musculação e exercícios aeróbicos fora d’água. O reconhecimento veio com a escolha de seu nome pelo Comitê Olímpico Brasileiro como o melhor atleta de natação de 2014. “Estou me dedicando ao máximo para conseguir uma medalha em 2016”, diz. Até lá, entretanto, ele terá de passar pelo Mundial da Rússia, em 2015.