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Caso Marielle Franco: prioridade máxima nas investigações

Polícia Federal entra no caso a pedido do Ministro da Segurança Pública e entidades exigem apuração rigorosa do crime

Por Sofia Cerqueira
15 mar 2018, 12h53
Ato na Cinelândia contra o assassinato de Marielle Franco
(Saulo Guimarães/Veja Rio)

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite de ontem dentro de um carro no Estácio, revelou a face mais cruel da violência no Rio, pôs em xeque a intervenção militar no estado e tornou a sua investigação e punição dos criminosos prioridade máxima. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann anunciou agora de manhã, em Brasília, a entrada da Polícia Federal no caso. A decisão foi acertada com o interventor federal na Segurança no Rio, general Braga Netto, e a ideia é que a PF acompanhe as primeiras providências tomadas pela Polícia Civil do Rio. Jungmann informou ainda que virá hoje mesmo à cidade para acompanhar de perto os desdobramentos das investigações sobre crime, com fortes indícios de execução.

A cargo inicialmente apenas dos policiais da Divisão de Homicídios (DH), a apuração do crime contra a quinta vereadora mais votada no Rio em 2016 também está sendo acompanhada de perto por integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), da Anistia Internacional Brasil e da ONG internacional Human Rights Watch. As três entidades cobram uma investigação rigorosa e ágil do assassinato. “Marielle é reconhecida por sua história de luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras, moradoras de favelas e periferias e na denúncia da violência policial”, disse um trecho da nota da Anistia Internacional.

No comunicado divulgado pela Human Rights Watch, a ONG pede à procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Rio que convoque imediatamente o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público (Gaesp) para integrar as investigações. O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, por sua vez, afirmou que a ordem não descansará enquanto os culpados não forem identificados e devidamente punidos. “Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito”, disse Santa Cruz.

Nascida e criada no Complexo da Maré e conhecida por defender as bandeiras do feminismo e dos direitos humanos, Marielle denunciou essa semana abusos da Polícia Militar em operações na Favela do Acari, na Zona Norte do Rio. No último sábado ela postou no Facebook a frase “Somos todos Acari”, numa crítica a atuação do 41º BPM (Acari). A vereadora vinha afirmando que a polícia estava ameaçando moradores e que isso “acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”.

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