Lutador chamado de “justiceiro de Copacabana” volta a ameaçar criminosos
Em vídeo, William Correia mobiliza população local a agir por conta própria e chamar a atenção para os crimes usando apitos
Conhecido como “justiceiro de Copacabana”, o lutador de artes marciais William Correia voltou às redes sociais para convocar os moradores e trabalhadores do bairro a combater a violência local. Três meses atrás, William foi intimado pela Polícia Civil a depor na 12ª DP (Copacabana) sob suspeita de incentivar a mobilização de grupos de justiceiros para combater ladrões.
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Em novo vídeo, ele reconhece que houve uma melhora no policiamento do bairro, principalmente durante grandes eventos no início do ano, como Réveillon e o Carnaval, mas que os roubos já voltaram a aumentar. Segundo o lutador, os moradores devem agir, seja chamando a atenção com o uso de apitos ou “segurando” os suspeitos.
“Nossa indignação e revolta não pode ser momentânea e passageira. Já mostrou que nossa voz é ouvida quando a gente se une. Tenho recebido diversos vídeos e relatos de novos assaltos e furtos, tanto nas areias quanto nas ruas. Meu recado é para você, morador: não espere só de mim! Você pode fazer algo, seja segurar ou apitar”, disse em um trecho. “Eles têm que ter medo da gente”, reforça William.
Em outra parte do vídeo, o lutador ameaça os ladrões que possam aparecer em seu caminho. “Eu não tenho medo de vocês; vocês têm medo de mim, da gente. (…) Se eu ver (sic) algum assalto, com certeza não vai ser a vítima que vai se dar mal”, afirmou.
William Correia já havia gravado no começo de dezembro um vídeo incentivando a população local a se unir para combater o crime na região por conta própria. Na época, os moradores estavam alertas após o ocorrido com o empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, que levou um soco e desmaiou após defender uma mulher que seria assaltada na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
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Além de Correia, o professor de jiu-jítsu mestre Pinduka foi intimado pela polícia a depor a fim de explicar as declarações que vinha fazendo nas redes sociais. As ações dos “justiceiros” são consideradas crimes pelo Código Penal e podem gerar penas de até 30 anos de prisão.