Luiz Antonio Simas dará palestra sobre santos juninos na Bienal do Livro

Festa da literatura começa justamente no dia dedicado a Santo Antônio, 13 de junho

Por Paula Autran
1 Maio 2025, 11h08
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Luiz Antonio Simas: professor é autor de 'Santos de Casa – Fé, crenças e festas de cada dia' (Michelle Beff/Divulgação)
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Marcada para começar no dia de Santo Antônio (13 de junho), a festa carioca da literatura – que se estende até 22 do mesmo mês, no Riocentro – será literalmente junina. A Bienal do Livro Rio 2025 contará não apenas com uma aula de cultura popular sobre os Santos festejados nesta época do ano, mas também com uma verdadeira quadrilha, formada por 14 casais. A narração vai trazer o tradicional “olha a chuva, é mentira”, além de referências e brincadeiras inspiradas em grandes personagens da literatura nacional, como Capitu e Bentinho, da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Tudo comandado por Luiz Antônio Simas, professor de história e curador do evento, na Praça Além da Página, novo espaço na área externa central dos pavilhões, onde as comunidades e tribos
literárias vão ganhar protagonismo.

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Autor de o “Santos de Casa – Fé, crenças e festas de cada dia” (Bazar do Tempo, 2022), Simas dedica boa parte da obra aos santos juninos – além de Antônio, João e Pedro, tradicionalmente celebrados durante as festas juninas, em 24 e 29 de junho, respetivamente. O culto a eles chega ao Brasil com a colonização portuguesa, e é fortemente ligado ao Nordeste do país, marcando o ciclo inicial da colheita do milho e as rogações contra a seca. Segundo o autor, tudo que envolve os santinhos de junho se desdobra em celebrações da vida: prendas, danças, namoros e simpatias fazem parte das festas; além de comidas típicas como castanhas, batata-doce, milho, mandioca, pinhão e bebidas como o quentão, feito a partir das raízes de gengibre aferventadas com cachaça.

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Um spoiler do que se ouvirá na aula do mestre Simas diz respeito à introdução da fogueira nos festejos. De acordo com a tradição do cristianismo popular, Isabel, mãe de João Batista, e Maria, mãe de Jesus, estavam grávidas na mesma época. Com dificuldades de locomoção, combinaram que aquela que tivesse o filho primeiro mandaria acender uma fogueira para avisar da boa nova. Isabel mandou, então, que se acendesse uma grande fogueira no dia 24 de junho, quando nasceu João. Para saber mais,  vale marcar presença na festa.

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