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Luciane Dom: Ministério da Igualdade Racial quer esclarecer revista

Infraero nega inspeção nos cabelos da cantora; a prática, no entanto, não é novidade do país e foi denunciada por Marielle Franco em 2017

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 dez 2023, 13h25

Nesta quinta (14), a cantora Luciane Dom viralizou ao contar em suas redes sociais que passou por um episódio de racismo no aeroporto Santos Dumont: ela teve seu cabelo black power revistado. Ela disse que foi escolhida para uma “revista aleatória” minutos antes de embarcar em um voo para São Paulo, onde está em cartaz no musical Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé). “Eu tô sem chão. Nem sei o que pensar”, desabafou.

Muitas personalidades saíram em apoio à cantora. No X (antigo Twitter), a ministra da igualdade racial, Anielle Franco, anunciou que a pasta está se mobilizando para entender e acompanhar o caso. No entanto, a artista também vem sofrendo ataques racistas nas redes.

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A artista explicou que já tinha sido inspecionada antes. “Eu já tinha passado a mala no scanner, e eu mesma já tinha passado no scanner corporal. A mulher me diz ‘tenho que olhar seu cabelo’. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou”, continuou.

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Em nota, a Infraero negou o ocorrido, afirmando que “foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve uma inspeção nos cabelos”. A empresa, no entanto, não divulgou o vídeo, afirmando que “as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão”.

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Luciane Dom, que apagou o post original diante dos ataques, se manifestou nos stories de seu Instagram. “Eu sei o que ouvi hoje (quinta) no scam. Foi tudo muito rápido e sutil, o racismo de cada dia não se vê (por) câmeras de segurança”, afirmou a cantora, que fez um apelo: “Peço que parem o assédio e a reprodução dessa violência.”

Revistas em cabelos afro em aeroportos não são exatamente uma novidade no Brasil. Em 2017, a vereadora Marielle Franco (irmã da ministra Anielle) contou que seu cabelo, black power como o de Luciane, havia sido revistado no aeroporto de Brasília.

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Já em maio deste ano, deputado estadual Renato Freitas, do Paraná, denunciou ter sido vítima de racismo ao ser retirado de um voo em Foz do Iguaçu (PR) pela polícia federal para ser revistado antes da decolagem. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a escolha do deputado — que também é negro e usa cabelo black power — para passar pela revista também foi aleatória.

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