O que já se sabe sobre o caso de jovem encontrado morto em piscina de rave
Ex-sargento do Exército e motorista de aplicativo Lucas Dantas do Nascimento, de 28 anos, ficou 20 minutos debaixo d'água sem socorro, diz família
Foi enterrado nesta terça (16), no no Cemitério Nossa Senhora do Belém, em Duque de Caxias, o corpo do ex-sargento do Exército e motorista de aplicativo Lucas Dantas do Nascimento, de 28 anos, que morreu afogado na piscina do festival Terratronic, em Guaratiba, na Zona Oeste, no último domingo (14). Ele teria passado mal, e sua família acusa a organização do evento de negligência e demora no socorro do rapaz. Parentes souberam, por amigos da vítima, que Lucas ficou por 20 minutos debaixo d’água sem socorro. Os parentes dizem também que só souberam da morte pelas redes sociais.
+ Detran RJ vai voltar a cobrar taxa de licenciamento de veículos. Entenda
Lucas teria se sentido mal e procurado se recuperar na piscina, um dos espaços da rave, mas segundo relatos ele desmaiou e acabou afundando. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o rapaz foi levado para o Hospital Pedro II e não resistiu. O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz) e que os investigadores apuram as circunstâncias da morte de Lucas.
Paula Gerônimo Dantas ao portal G1 que o filho estava no festival para comemorar o aniversário de um amigo. Ela e o padrasto de Lucas no IML de Campo Grande na manhã desta terça (16) para liberar o corpo: “Eles estavam lá para comemorar o aniversário de um amigo que tinha sido no sábado. Um monte de amigos e ninguém estava perto para socorrer o meu filho. O menino falou que ele passou mal e decidiu ir para a piscina se molhar, mas ninguém viu. Ele ficou mais de 20 minutos na água”. “Ele estava com amigos e caiu dentro da piscina e se afogou. Contaram que ele ficou mais de 20 minutos debaixo d’água. Depois disso, acharam o Lucas, e os paramédicos do evento teriam tentado reanimá-lo. Mas ele já havia morrido. Os amigos disseram que ele estava roxo e, quando estavam colocando-o na ambulância, deixaram o corpo cair no chão. Uma total falta de respeito”, acrescentou a advogada Adriana Anjos, madrasta de Lucas, que contesta a nota da SMS e afirma que o enteado já chegou morto ao Hospital Pedro II, por omissão de socorro na rave.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Em um post nas redes sociais, a direção do Terratronic disse que Lucas deu entrada, debilitado, no posto médico do local e foi socorrido em uma UTI Móvel ao Hospital Pedro II, onde morreu. A publicação disse ainda que se solidarizava com a família e se colocava à disposição para apoio necessário. Em nota, os organizadores afirmam que o evento aconteceu “com toda a documentação necessária e exigida pelos órgãos públicos, atendendo todo o quantitativo de prestadores de serviços exigidos pela legislação, ressaltando que durante todo o período o evento contou com guarda-vidas, brigadistas, posto médico, ambulância, médico, enfermeiro e seguranças”. No comunicado, a direção do Terratronic afirma ser “leviano realizar qualquer tipo de especulação sem que antes saia um laudo apresentando a causa mortis.”