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Lu Araújo produz evento com aulas de música para crianças de escolas públicas

A produtora idealizou o Mimo Festival, para levar música instrumental de toda parte do mundo para as igrejas e os monumentos da cidade, sempre de graça

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 10h55 - Publicado em 19 nov 2016, 00h00

Foi durante um Carnaval em Recife que a produtora cultural Lu Araújo assistiu à seguinte cena: um jovem jogou uma garrafa de cerveja na porta da Catedral Sé de Olinda, levantada entre 1537 e 1540. “Naquele momento me dei conta de que ele não tinha noção da importância daquele patrimônio.” Com isso na cabeça, a produtora então idealizou o Mimo Festival, para levar música instrumental de toda parte do mundo para as igrejas e os monumentos da cidade pernambucana, sempre de graça. “Pensei em cinquenta concertos, mas a realidade mostrou que o projeto era muito ambicioso. Só deu para fazer cinco (risos)”, relembra Lu, que teve dificuldade para conseguir patrocínio no início. Sucesso de público e crítica, o evento, criado em 2004, foi ganhando corpo e novos apoiadores e expandiu sua atuação para além dos palcos históricos. “Em 2005, incluímos a etapa educativa entre as atrações. Poucos falam a respeito, mas o que importa é realizá-la e acreditar que ela pode transformar pessoas”, afirma Lu, referindo-se aos workshops e às aulas gratuitas de música que acontecem durante o festival.

“Precisamos fazer com que as pessoas cruzem com coisas boas, com oportunidades. Com as ruins é mais fácil, né?”

O evento, que neste ano passou por Tiradentes, Ouro Preto, Paraty e Rio de Janeiro, já atendeu  20 000 alunos de escolas públicas de 5 a 10 anos. No total, foram 492 horas de aulas ministradas pelos músicos que participam do projeto educativo. Aliás, é bom que se diga: essa é uma das condições para subir ao palco do Mimo. “Sei que nem sempre um grande cantor é um grande professor, mas é importante que passem um pouco da sua experiência de vida e profissional. Precisamos fazer com que as pessoas cruzem com coisas boas, com oportunidades. Com as ruins é mais fácil, né?”, diz. Enquanto em um festival comum os músicos ficam um dia na cidade, apresentam-se, recebem o cachê e seguem viagem, no Mimo eles acabam envolvendo-se com a realidade local. Os “mestres”, garante Lu, não reclamam. “Eles costumam até agradecer pela experiência. O Philip Glass, um dos compositores mais influentes da atualidade, chegou a dizer que ia nos acompanhar para que nunca perdêssemos essa pegada educacional”, conta, orgulhosa.

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