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Jovens do Jacaré usam Facebook para fazer apologia ao crime

Em suas páginas, grupos conhecidos como "coretos" compartilham fotos e contam seus feitos

Por Redação Veja Rio
Atualizado em 2 jun 2017, 12h35 - Publicado em 4 jun 2015, 13h50
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11037471_862193493826838_2377774255827072902_n (Reprodução/)
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Coreto é o termo que vem sendo usado por bandidos para definir um grupo de criminosos. Em redes sociais como o Facebook, vários desses bandos contam com páginas, por meio das quais compartilham fotos e contam seus feitos. 

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Uma das páginas com mais seguidores se chama EoCoreto 155. No Código Penal, esse é o número do artigo que trata de crimes de furto. Com 587 curtidas, a página está ativa desde 7 de maio. Nessa data, foi publicada a foto de perfil do grupo, que mostra uma senhora sendo roubada durante uma entrevista para a Rede Globo na Central do Brasil. O caso aconteceu em 9 de abril do ano passado.

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Já a foto de capa da página mostra um grupo de muitos jovens correndo juntos numa praia, numa cena que lembra um arrastão. Todos eles têm tarjas pretas sobre os olhos, numa alusão à forma como TV e jornais costumam mostrar adolescentes envolvidos em crimes.

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Entre as postagens do grupo, há uma descrição de um assalto a um turista estrangeiro no Leblon e uma menção à favela do Jacaré, na zona norte do Rio. No local, moravam os adolescentes suspeitos de envolvimento no assalto a Jaime Gold, no último dia 19. O médico pedalava na Lagoa quando foi esfaqueado e terminou morrendo no dia seguinte.

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O EoCoreto 155 não é o único grupo do tipo no Facebook. Em outras páginas, como o Coreto Dó Jacare, uma foto de uma bicicleta foi compartilhada em 10 de abril, mais de um mês antes do crime da Lagoa. Já na Coreto Jacare Jacare, foi publicada uma foto de um jovem segurando um objeto parecido com uma pistola em 3 de maio.

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Além do Facebook, os coretos também marcam presença no YouTube. No site, músicas exaltam os grupos, fazendo menções a roubos de celulares e outros objetos de valor em bairros da zona sul e do Centro. Em linhas de ônibus que passam pelo Jacaré, como a 265, há trechos das letras desses funks escritos nos assentos.

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