Maioria dos cariocas internados com Covid está com a vacinação incompleta
Dos 122 pacientes hospitalizados por SRAG hoje na rede pública do município, 85% sequer receberam a primeira dose ou estão com as doses de reforço atrasadas

A cidade do Rio registrou nesta quinta (9) o maior número de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em quatro meses. De acordo com o Painel Rio Covid-19, há atualmente na rede pública do município 122 pacientes, além de outros cinco aguardando por vaga. A última vez que a cidade ultrapassou esse número foi no dia 13 de fevereiro, quando a variante Ômicron provocava uma corrida aos postos para vacinação e testagem. Na ocasião, havia 132 pessoas em leitos de enfermaria e outras 76 em Unidade de Terapia Intensiva. De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, 85% dos internados hoje estão com a situação vacinal incompleta ou não foram imunizados.
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“Para chegarmos nessa porcentagem, consideramos todos que tenham qualquer atraso no esquema vacinal, ou seja, com a primeira dose ou com as doses de reforço atrasadas. Por exemplo, um paciente com 53 anos com a última dose de reforço atrasada já entra nesse levantamento”, explicou Prado ao jornal O Dia.
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Apesar do aumento na positividade, o número de casos graves ainda é considerado pequeno, por causa da alta cobertura vacinal. Atualmente, 88,1% da população carioca têm o esquema vacinal primário completo. O primeiro reforço chegou a 67,5% dos maiores de 18 anos. Já o segundo alcançou 59,4% dos idosos e 14% da faixa etária entre 50 e 59 anos. Nesta quinta (9), as 233 unidades de Atenção Primária, além de oferecerem os testes, voltaram a aplicar a Pfizer – que estava em falta até esta quarta (9) – em pessoas com 12 anos ou mais, após a entrega de 400 mil doses. O desabastecimento fez com que cerca de 80 mil adolescentes ficassem com a segunda dose pendente.