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Quem são os influenciadores investigados por golpe da falsa rifa

Segundo a Delegacia do Consumidor, eles usavam redes sociais para divulgar sorteios de bens que nunca eram entregues ou nem chegavam a acontecer

Por Da Redação
17 abr 2024, 14h11

A Polícia Civil desencadeou, nesta quarta (17), a operação Sorte Grande, contra artistas e influenciadores digitais suspeitos de fazer rifas ilegais e lesar seus seguidores. Segundo as investigações da Delegacia do Consumidor (Decon), influencers com milhões de seguidores usavam as redes sociais para divulgar sorteios de bens que nunca eram entregues ou que nem chegavam a acontecer. Entre os alvos da ação, estão o cantor Chefin e os influenciadores Gui Polêmico e Almeida do Grau. Os agentes estão cumprindo sete mandados de busca e apreensão contra cinco alvos. O grupo é investigado por estelionato, crime contra a economia popular e associação criminosa.

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De acordo com as investigações, o esquema já movimentou pelo menos R$ 15 milhões. Até o momento, foram apreendidos cordões de ouro, celulares, motocicletas, dinheiro falso – que seria usado para chamar atenção durante a divulgação das rifas – e uma quantia não divulgada em dinheiro. Os mandados estão sendo cumpridos nas residências dos investigados, em bairros nobres do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e em Magé, na Baixada Fluminense. A operação também tem como objetivo identificar outros integrantes do grupo criminoso e coletar provas de outros delitos, como lavagem de dinheiro.

Nathanael Cauã Almeida de Souza, conhecido como Chefin, é um dos investigados no esquema. Com 6,4 milhões de seguidores no Instagram, ele tem hits como “10 Carros”, “212”, “Deus é o Meu Guia”, “Do Seu Lado”, “Invejoso” e “Tropa do Mais Novo”. Luiz Guilherme de Souza, o Gui Polêmico (15 milhões de seguidores), e Samuel Bastos de Almeida, o Almeida do Grau (450 mil seguidores), também são investigados. De acordo com o inquérito, eles promoviam rifas com prêmios em dinheiro, lotes de telefones celular, veículos de luxo e até mesmo apartamentos. Para dar credibilidade ao negócio, os golpistas simulavam a entrega dos bens mais valiosos a comparsas e publicavam os vídeos em seus perfis. Prêmios mais simples eram de fato dados aos ganhadores, numa estratégia para estimular os jogos.

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A polícia suspeita que os sorteios eram feitos sem qualquer auditoria ou meios para que o participante pudesse acompanhar, a partir de plataformas que operam com sede no exterior. Um deles, que tinha um carro e uma moto como prêmios, feito no ano passado, foi feito a partir de apostas valendo R$ 0,35. O apostador podia escolher números de 0 a 9.999.999 – o equivalente a 10 milhões de combinações possíveis. Nos sorteios baseados na Loteria Federal são utilizados 5 números de 0 a 9, resultando em 100 mil possíveis combinações.

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