Imagens inéditas mostram primeiras tentativas de resgate de Juliana Marins

Família da vítima traça ordem cronológica do acidente e responsabiliza autoridades locais por falhas que levaram brasileira a óbito

Por Da Redação
Atualizado em 30 jun 2025, 12h19 - Publicado em 30 jun 2025, 12h18
Três tempos: localização da lanterna do capacete de Juliana Marins; guia tenta descer com uma corda amarrada à cintura e local onde vítima estava
Três tempos: localização da lanterna do capacete de Juliana Marins; guia tenta descer com uma corda amarrada à cintura e local onde vítima estava (Reprodução/TV Globo)
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No último domingo (29), foram reveladas imagens inéditas da primeira tentativa de resgate de Juliana Marins, 26 anos, que se acidentou e morreu em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Em entrevista ao Fantástico, a família da vítima traçou a ordem cronológica do acidente e apontou sucessivas falhas que levaram a brasileira a óbito. No primeiro vídeo exibido, as imagens mostram a lanterna do capacete de Juliana acesa, no escuro, no momento em que o guia percebe que ela teria sofrido a primeira queda. “Ela caiu em um penhasco”, disse o guia na gravação. 

 

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Segundo a reportagem, por volta das 4h, Juliana sinalizou para o instrutor que estava cansada e ele teria dito para ela ficar sentada. Neste momento, o guia se afastou por cinco a dez minutos para fumar. “Para fumar”, enfatizou Manoel Marins, pai da niteroiense. “Quando ele voltou, não avistou mais a Juliana. Ele só a viu novamente às 6h08, quando gravou o vídeo e enviou ao supervisor”, descreveu Marins. A brigada de socorristas do parque foi, então, acionada e a equipe de resgate só chegou ao ponto exato do acidente às 14h. 

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As imagens da primeira tentativa de chegar ao ponto onde Juliana estava mostram o próprio guia com uma corda amarrada na cintura tentando alcançá-la – sem êxito. “O único equipamento que eles tinham era uma corda. E jogaram ela na direção da Juliana. Depois, no desespero, o guia amarrou-a na cintura e tentou descer. Sem equipamento de ancoragem”, contou o pai na entrevista, que questionou a falta de preparo da equipe.  

A Agência Nacional de Resgate da Indonésia (Basarnas) – cuja sede fica localizada na cidade de Mataram, a duas horas do vulcão – chegou ao local do acidente por volta das 19h. A operação para resgatar a brasileira foi iniciada e interrompida algumas vezes em decorrência das condições climáticas. Dois dias após o acidente, Juliana foi encontrada sem vida. O laudo oficial divulgado por autoridades da Indonésia aponta hemorragia interna causada por uma lesão no tórax. A morte teria acontecido entre 12 e 24 horas antes do resgate do corpo, na última quarta (25). “É uma indignação muito grande. Esses caras mataram a minha filha”, acusou Estela Marins, mãe da vítima.

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A família cobra justiça das autoridades locais. “Os culpados, no meu entendimento, são o guiam que deixou a Juliana sozinha para fumar e tirou os olhos dela. A empresa que vende os passeios, porque eles são vendidos em uma banquinha como trilhas fáceis de fazer. Mas o primeiro e maior culpado é o coordenador do parque, que demorou a acionar a Defesa Civil”, responsabilizou o pai de Juliana. 

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