
Homenagem a João Bosco
Chega à 23ª edição o Prêmio da Música Brasileira (antigo Prêmio Sharp), já tendo prestado tributo a feras como Tom Jobim, Clara Nunes e Caetano Veloso. Em junho, no Municipal, o homenageado será João Bosco. Autor de O Bêbado e a Equilibrista e Papel Machê, esse mineiro-carioca é um virtuose, mestre em harmonias complexas. VEJA RIO quis saber do músico quais seriam suas canções mais difíceis de tocar, verdadeiros desafios para amadores no violão. Ele apontou Agnus Sei e o samba Linha de Passe, cuja letra extensa mistura citações ao craque Garrincha, à Portela e à Rádio Mayrink Veiga. São melodias repletas de ?aranhas?, aqueles acordes em que os dedos da mão esquerda ficam muito afastados entre si. Confira ao lado.
À procura da onda perfeita

Os surfistas reclamaram e a organização da etapa brasileira do World Tour teve de trocar o local da competição, aqui chamada Billabong Rio Pro, que será realizada de quarta (9) a 20 de maio. A praia-base continuará sendo a Barra, mas sai o Posto 4 e entra em cena o Postinho, no trecho da orla conhecido como Pepê. A mudança tem a ver com a qualidade das ondas: ali é perto do quebra-mar, e por isso os tubos ficam, na linguagem dos atletas, ?mais protegidos?. O torneio terá outros dois points na cidade, no cantinho do Recreio e no Arpoador, mas nesse caso repetindo os ?campos de jogo? de 2011 ? mais informações na seção Especial.
Um jipe que passeia pela história

A placa na base do Obelisco da Imperatriz informa que naquela área um dia funcionou o Cais do Valongo, ponto onde foram negociados milhares de escravos, durante boa parte do século XIX. O monumento, que hoje integra o Corredor de Cultura Africana, na Zona Portuária, acaba de ser incluído no roteiro do projeto Animando a Rua Larga, do Instituto Cidade Viva (antes o passeio contemplava apenas a Avenida Marechal Floriano e o Morro da Conceição). Nas terças e quartas-feiras de maio, haverá visitas guiadas pela área, de jipe, sem aperto, para vinte turistas em cada tour. E o melhor: é tudo de graça.
Memória da cidade

Na foto, de abril de 1989, a atriz e na época vereadora Neuza Amaral aparece lavando, com lenço na cabeça e sandálias, munida de balde e sabão em pó, as escadarias do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia. Foi sua forma de protestar contra a desordem da Casa. ?Queremos limpar a Câmara por dentro e por fora?, disse. Hoje, aos 82 anos, e aposentada, lança a biografia Isto Eu Vivi, pela Cartolina. Fala de sua incursão pela política e também de novelas como Fogo sobre Terra, de 1974, escrita por Janete Clair. No capítulo final, a índia Nara, personagem de Neuza, morre com a inundação de seu vilarejo, após a construção de uma represa ? a cena, dramática, foi parar no YouTube.
Jovens artistas

Organizada pelo Centro Educacional Anísio Teixeira, começa neste sábado (5) a Festa Literária de Santa Teresa, popular Flist. À garotada do Ceat foi pedida uma decoração temática para o Parque das Ruínas, palco dos debates do evento. Por três semanas os alunos se debruçaram sobre fotos dos escritores que serão homenageados na feira e, baseando-se nelas, desenharam, com guache, retratos de 1,60 metro de largura. Aqui estão Jorge Amado e Darcy Ribeiro na ótica dos jovens desse colégio, famoso tanto pelos modernos métodos de ensino como por alinhar, em suas carteiras, um sem-número de minicelebridades, a exemplo da bisneta de Tônia Carrero e do netinho de Chico Buarque.