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Histórias Cariocas

Por Lula Branco Martins
Atualizado em 5 jun 2017, 14h38 - Publicado em 24 fev 2012, 17h59

Memória da Cidade

Este homem concentrado no trabalho, tendo ao redor milhares de livros, cadernos e papeladas, é o barão do Rio Branco, título de nobreza do diplomata carioca José Maria da Silva Paranhos Júnior. Habilidoso negociador das fronteiras brasileiras ? sua atuação foi decisiva para a conquista do Acre, além de nacos da Argentina e da Guiana Francesa ?, ele morreu há exatos 100 anos, em fevereiro de 1912. Era uma figura que adorava o Rio de Janeiro e a cultura popular. A cidade, que daria seu nome à antiga Avenida Central, fez luto tão profundo que o Carnaval daquele ano foi transferido para o mês de abril. Neste ano, a partir de maio, o chanceler será tema de exposições fotográficas e palestras no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Palácio do Itamaraty e na Academia Brasileira de Letras, onde ocupava a cadeira número 34.

A bola tem de passar por aqui

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Qual foi o menino que nunca brincou de ?gol pequeno? nas ruas ou nas praias? Era só demarcar a meta com duas pedras, ou dois pedaços de pau, e seguir uma regra específica para essa modalidade de pelada: nenhum jogador pode ficar parado, em frente às duas traves, ?guardando o espaço? como se fosse um goleiro. Porque aí seria covardia, a bola jamais entraria. Valendo-se dessa verdadeira instituição carioca, uma fabricante de sandálias está patrocinando o primeiro Campeonato de Golzinho, no fim de semana de 10 e 11 de março, nas areias de Ipanema (em frente à Rua Aníbal de Mendonça). As partidas terão quinze minutos, com equipes de três se enfrentando. Quarenta e oito times se inscreveram. É muita fome de bola.

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Verde, rosa e agora organizado

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É sabido que a quadra da Mangueira, conhecida como o Palácio do Samba, com teto retrátil aberto nos dias de calor, é uma das mais confortáveis da cidade. Tem jatos de água para refrescar foliões e conta com seguranças postados em cabines altas. Mas o entorno dela é o contrário de tudo isso: reúne amontoados de lixo, banheiros públicos deploráveis e camelôs desorganizados, que nos últimos anos tomaram de assalto a região. Isso tem tudo para mudar, com o projeto de reurbanização recém-implantado na Rua Visconde de Niterói. Serão erguidos ali cinquenta quiosques, já cadastrados na prefeitura, formando uma praça de alimentação verde e rosa, além de sanitários novos e estacionamento. A entrega do complexo está prometida para julho. Abaixo, uma ideia de como ele deve ficar.

A voz do morro

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De olho fixo no teclado, enquanto divulga notícias sobre o Complexo do Alemão, o estudante René Silva se tornou conhecido em 2010, quando forças de segurança expulsaram centenas de bandidos daquela favela. Desde então, o Voz da Comunidade, jornal que o rapaz já vinha produzindo havia dois anos, como hobby, ganhou força, sede nova e agora concorre ao prêmio Anu, nesta terça (28), no Teatro João Caetano. A honraria, criada pela Central Única das Favelas (Cufa), é concedida a projetos surgidos em regiões pobres de todo o país. É grande a chance de René, um craque do Twitter que, na invasão policial, prestou importante serviço, dando informes pela internet e acalmando os moradores.

Não mexa com o prefeito

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Eduardo Paes, a partir do mês que vem, estará mais protegido do que nunca. É que seus seguranças terão aulas de krav-magá, famosa técnica israelense de defesa, baseada nas leis da física para bloquear o agressor. Os homens fortes do prefeito vão fazer o curso Proteção de Autoridades, com o mestre Kobi Lichtenstein, na Academia de Polícia de Sulacap. Nascido em Israel, ele mora no Rio e desde 1990 divulga a modalidade no Brasil. Aos calouros, dois princípios são sempre repetidos: 1) a reação deve ser proporcional à agressão; 2) os golpes visam a atingir pontos sensíveis do corpo, o que, em tese, dispensa o uso de força bruta. A torcida é para que tais ensinamentos não sejam nem postos em prática.

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