
Móvel reditivo
Era uma vez uma estante dos anos 20, toda ela de peroba-do-campo, enorme, com quase 10 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e 50 centímetros de profundidade. Em março, com a demolição do Lidador da Rua da Assembleia, seu destino estava traçado: vir abaixo. Foi uma italiana apaixonada por antiquários que deu um lance (só não revela de quanto foi) pelo móvel e o livrou de virar entulho. Costanza Assereto, da Casa Momus, comprou a peça e a exibe, agora, na entrada de seu restaurante, na Rua do Lavradio, na Lapa. Se antes servia para guardar vinhos, hoje a estante é repouso para copos, taças, garrafas de licor e de cachaça, além de pequenos quadros, livros e objetos de decoração antigos. A distância entre os dois estabelecimentos era de menos de 1 quilômetro, mas o transporte feito às pressas (já iam demolir tudo) teve más consequências – o espelho do fundo da estante acabou se quebrando. Do limão Costanza fez uma limonada: os caquinhos foram reaproveitados e enfeitam os banheiros do restaurante.
Sangue falso

Conhecido por performances com sangue, Erich Eichner, da banda Maldita, tornou-se sócio da Contra, produtora da Gávea especializada em terror. Lá, está criando o curta Pedaços, com situações lúgubres filmadas justamente em locações identificadas com o espírito carioca de juventude dourada. Na foto, a atriz Giordanna Forte está entre Eichner (dir.) e Pedro Punk, outro diretor da obra, pronta daqui a seis meses.

Clube para poucos

Será aberto no mês que vem, na Rua Saint Roman, entre Ipanema e o Morro do Cantagalo, nosso primeiro clube urbano. Que conceito é esse? Ele não guarda relação com práticas esportivas, muito menos é uma boate. Seu propósito: criar um espaço para os sócios (serão, inicialmente, no máximo 75; depois, o número de sócios pode chegar a 500) desfrutarem eventos artísticos e culturais, como jantares assinados, exposições e jam sessions. Abaixo, o desenho de como ficará, após a reforma, o casarão dos anos 40 que abriga o Clubhouse Rio, funcionando em linha idêntica à da casa de mesmo nome que bomba no bairro de Palermo, em Buenos Aires, Argentina.
Uma bazuca contra a dengue


Veio da Europa um aparelho para ajudar no combate à dengue. Por enquanto, há só um exemplar por aqui, ainda em fase de teste. Por causa do formato e do modo de usar, nas internas da Secretaria de Saúde o objeto ganhou o apelido de bazuca, mas não passa de um aspirador. Capturado, o mosquito do mal não morre, seguindo para pesquisas. E, se outros insetos são sugados, logo se veem devolvidos à sua vida normal.

É a quantidade de quilos de lixo orgânico recolhida a cada semana do complexo do Pão de Açúcar. Mas agora tudo isso tem bom destino. Está sendo posto em prática um plano de reaproveitamento que transforma sobras em adubo. Parte vem sendo usada nos jardins do próprio parque, que em 2012 se tornou o primeiro ponto turístico do Rio a receber o Rótulo Ecológico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um reconhecimento pelos esforços em busca do desenvolvimento sustentável.