PEÇAS DO DESTINO
Um dos grupos teatrais mais antigos da cidade, a Companhia Atores de Laura volta a montar, iniciando as temporadas daqui a duas semanas, alguns de seus mais célebres espetáculos, agora divididos entre o Teatro Miguel Falabella, no Cachambi, e o Poeira, em Botafogo. Tal longevidade ? foi fundada em 1992, por Daniel Herz ? fez da trupe um celeiro de talentos. Por outro lado, consta¬ta-se que muita gente vai ficando pelo caminho, optando por outras profissões, que nada têm a ver com palcos e coxias, mas na maioria das vezes vinculadas à área cultural. A pedido de VEJA RIO, o grupo correu atrás de sua mais antiga foto: no caso, uma pose do elenco da peça A Entrevista. E apuramos o que faz, hoje em dia, cada um daqueles iniciantes “atores de Laura”. Confira abaixo.
Obra caprichada
Chega às livrarias, pela Casa da Palavra, Na Passarela do Samba, que festeja os trinta anos do Sambódromo. O desfile na contramão da Mangueira em 1984, o astronauta voador da Grande Rio em 2001, o carro do DNA na Tijuca em 2004, está tudo ali. A obra, do historiador André Diniz (não confundir com o compositor da Unidos de Vila Isabel) e do pesquisador de MPB Diogo Cunha, faz uma bela homenagem ao Sambódromo, momento máximo da tripla parceria entre Leonel Brizola (à época, governador do estado), o antropólogo Darcy Ribeiro (seu vice) e o arquiteto Oscar Niemeyer.
Este é o número que vai fazer esquentar a próxima eleição para o conselho do
Iate Clube, na Urca. Candidato da oposição, o advogado Paulo Fabiano Pereira acusa Luiz Carlos Barroso Simão de ter demitido, ao longo de sua administração, quase meio milhar de funcionários, prejudicando o funcionamento da tradicional instituição náutica, e a enchendo de dívidas. O pleito acontece em 12 de março, e o candidato da situação, o empresário Eduardo Ballesteros, rebate: “Esses números são mentirosos”. E ironiza: “A chapa dele se chama Novos Rumos, mas seria mais apropriado Novos Rumos, Velhos Vícios”.
Arte em curso
O Parque Lage, no Jardim Botânico, não anda lá num bom momento, algo abandonado, mas carrega uma história de gala. Em 1984, por exemplo, abrigou a exposição Como Vai Você, Geração 80?, com obras de 123 artistas, muitos deles novatos. Foi um estrondoso sucesso que ajudou a popularizar as artes plásticas e revelou o nome de cariocas de sangue ou de coração, que eram bons tanto nos pincéis como nas ideias. A trajetória de gente como Beatriz Milhazes, Leonílson, Daniel Senise e Luiz Zerbini será tema de um curso na Casa do Saber, na Lagoa, ministrado pela crítica e mestre em filosofia Luísa Duarte. As aulas acontecerão às quartas-feiras ? mas só depois de passado o Carnaval, claro.
TRANSFORMER DA FOLIA
Esta geringonça verde, que um dia serviu de latão de lixo, tem sido vista atrás de vários blocos da Zona Sul. Chamada de Danadossauro, é uma mistura de geladeira (ali cabem 120 latas de cerveja) e sistema de som. E faz a festa de dez, quinze amigos, liderados pelo produtor de eventos Guga Carvalho, morador do Leblon. Que não se pense que o projeto surgiu de uma hora para outra. Trata-se de uma ideia que evolui com o tempo. No início, há quatro anos, era um modesto isopor. Já teve como nome Teteia e Tigrão. E agora deu nisso aí. Detalhe: o que toca é funk.