RIO EM PRIMEIRA PESSOA
“Tive prefeitos que cuidaram de mim. Uns mandaram abrir ruas e avenidas, outros me livraram de mosquitos e doenças.” É assim, num texto escrito em primeira pessoa, que o Rio fala de sua trajetória no livro infantil A História de uma Cidade Contada por Ela Mesma, de Leny Werneck. A obra, dos anos 60, está sendo relançada pela Escrita Fina, com noite de autógrafos na segunda (20), Dia de São Sebastião, na Blooks de Botafogo. Nos desenhos de Guto Lins (acima) veem-se referências, por exemplo, à águia do Theatro Municipal, ao relógio da Central do Brasil e às manifestações de rua.
A moda de Ney
Foi aberta na última quarta (15), no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, a mostra Cápsula do Tempo: Identidade e Ruptura no Vestir de Ney Matogrosso. Com curadoria do carnavalesco Milton Cunha, a exposição reúne cerca de trinta figurinos completos, além de cinquenta acessórios usados pelo cantor ao longo de mais de quarenta anos de carreira. Há trajes transgressores, dos tempos do grupo Secos & Molhados (que durou apenas dois anos, entre 1973 e 1974, mas teve apresentações lendárias até no Maracanãzinho), bem como roupas mais comportadas, usadas pelo intérprete a partir da década de 90.
Uma nova tabela
Não basta tirar nota boa no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Do mesmo modo, carregar um nome tradicional não é tudo na vida de um colégio. Hoje, manter boa imagem na internet também vale muito. O site https://www.melhorescolegios.org acaba de soltar a tabela referente ao desempenho de 2013 dos estabelecimentos de ensino do Rio, usando dados do mundo virtual, como a quantidade (e a qualidade) de depoimentos de pais e alunos na rede. É ainda levada em consideração a opinião pública a respeito da marca. E faz-se uma conta para chegar ao custo-benefício da mensalidade em relação aos projetos socioeducativos, ambientais e pedagógicos oferecidos. Confira abaixo.
O filme das oferendas
A cena abaixo, passada numa casa de santo do bairro de Barro Branco, em Caxias, na Baixada, faz parte do documentário Hùndàngbènã: o Ninho da Serpente, de Mazé Mixo. O filme, a ser lançado na sexta (24) no Sesi, no Centro, revela (até certo ponto) o cotidiano do terreiro homônimo, filial de uma vertente do candomblé cuja matriz fica na Bahia. Aparecem rituais (danças, oferendas), mas o diretor fez um acordo: não mostrou todos os segredos da religião, para preservar o devido mistério.
RETRATOS DO CALOR
Milhares de fotos como esta (dos coqueiros de Ipanema) vêm sendo reunidas pelo projeto Um Verão por Dia e em breve devem virar livro e exposição. A iniciativa foi da jornalista Flávia Passos, em parceria com a produtora 4Tuna. O objetivo, juntar 10?000 registros fotográficos de usuários do Instagram, selecionando noventa deles para representar os noventa dias mais ensolarados do ano. “No fim, teremos um retrato dessa estação que é a cara do Rio, feito por cariocas apaixonados pela cidade”, diz Flávia.