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Como herança milionária virou centro de disputa com milícia em Búzios

Ministério Público do Rio de Janeiro investiga a grilagem de terras e a exploração imobiliária irregular, que vêm se intensificando na região nos últimos anos

Por Redação VEJA RIO SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 8 jul 2025, 11h00 - Publicado em 8 jul 2025, 10h52

Uma herança milionária pertencente à família do magnata Amnon Bekerman, de origem israelense, virou uma grave disputa territorial em Búzios, na Região dos Lagos. O caso foi divulgado na segunda (7) pelo O Globo e mostra o envolvimento de milicianos, que atuam de forma violenta.

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De acordo com a matéria, o Ministério Público do Rio de Janeiro investiga a grilagem de terras e a exploração imobiliária irregular, que vêm se intensificando nos últimos tempos. Invasões, ameaças a proprietários e ocupações ilegais de terrenos têm se tornado cada vez mais frequentes.

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“Recebi uma ligação de um homem dizendo que eles eram os donos da cidade e estavam acima das instituições. Tentaram me intimidar. Fiz o registro na delegacia. Até hoje, vivo escondido, esperando por solução”, declarou ao jornal o procurador Anderson Gaspari, que representava Amnon em 2021.

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Após uma crise provocada pela guerra entre Israel e os Estados Árabes, a família Bekerman chegou ao Brasil em 1956 e acumulou um extenso patrimônio. Parte dele está localizado nos municípios de Búzios e Cabo Frio: são 240 lotes que ultrapassariam 30 milhões de reais em valor.

Em dezembro, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a delegacia local prenderam sete pessoas envolvidas nas invasões.