Guerra entre tráfico e milícia dobra número de mortes na Zona Oeste
Segundo levantamento anual do Instituto Fogo Cruzado, número de tiroteios na região subiu em 53% de 2022 para o ano passado
A escalada de violência na Zona Oeste, que vive uma guerra entre milicianos e traficantes, fez o número de tiroteios subir em 53% no ano passado, em comparação com 2022. O aumento nos confrontos armados fez mais que dobrar a quantidade de mortos na região, que concentra 41 bairros, no mesmo período (104%). É o que aponta o levantamento anual do Instituto Fogo Cruzado divulgado nesta segunda (29).
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Ao todo, a cidade do Rio teve 2.953 tiroteios em 2023, deixando mais de 960 mortos e 884 feridos. Os números indicam uma queda de 18% nos confrontos, de 3% nas mortes e de 13% nos feridos em comparação com 2022. Do total de confrontos mapeados no ano passado, 34% aconteceram durante ações policiais —um ponto percentual a menos do que em 2022. Em média, são quase três tiroteios por dia durante operações na Região Metropolitana do Rio. Esses tiroteios atingiram 977 pessoas ao longo do ano.
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O estudo também mostra que, na maior parte dos casos, a vítima era jovem. E que ao menos 25 crianças foram baleadas na cidade, número que se iguala ao de 2018 — ano da intervenção federal. Naquele ano, no entanto, quatro crianças acabaram mortas. Em 2023, esse número chegou a 10.