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Governo do Estado recebe doações para refugiados venezuelanos

Campanha arrecadará alimentos para refugiados em Roraima durante todo o mês

Por Agência Brasil
Atualizado em 6 set 2017, 13h03 - Publicado em 6 set 2017, 12h56
PUC
PUC é um dos pontos de arrecadação da campanha (André Valentim/Divulgação)

A Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI), do Rio de Janeiro, aderiu à campanha de refugiados venezuelanos que vai arrecadar, durante todo o mês de setembro, alimentos não perecíveis para ajudar refugiados daquele país no estado de Roraima, na Região Norte.

Falando hoje (5) à Agência Brasil, o titular da SEDHMI, Átila Nunes, informou que a pasta vai participar na parte da logística, com o objetivo de enviar os alimentos para Roraima.

Para quem quiser fazer doações, estão disponíveis seis pontos de coleta espalhados pela capital fluminense: Rua Jerônimo de Ornelas, 413, Cacuia, Ilha do Governador; Santuário das Almas, Rua Álvares de Azevedo, 237, Icaraí, Niterói; Pet Place, Av. Visconde de Pirajá, 76, Ipanema; Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Estrada Dona Castorina, 110, Horto, Jardim Botânico; Avenida das Américas, 11.505, Condomínio Ministro Lafayette de Andrada, Barra da Tijuca; e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea.

“A gente está fazendo outras parcerias para viabilizar o envio desses artigos alimentares para Roraima. A dinâmica básica é essa”, disse o secretário. Átila Nunes avaliou que a vinda dos venezuelanos para o Norte do Brasil constitui uma preocupação nacional. Afirmou que Roraima é a porta de entrada mas, a partir dali, a tendência é que parte desse grupo acabe migrando para os grandes centros, principalmente no eixo Rio/São Paulo.

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Impactos

“A gente acaba entrando na responsabilidade porque, querendo ou não, se tiver um aumento expressivo, o estado acaba sendo impactado. Hoje temos aqui estimados 1.550 refugiados venezuelanos no estado do Rio de Janeiro. Se tiver um agravamento da situação social na Venezuela, a gente não sabe qual pode ser o aumento desse número no Rio”, falou Nunes.

O secretário adiantou que caso isso venha a ocorrer, a SEDHMI passará a prestar serviços de atendimento aos refugiados, entre os quais validação de documentos. “Tem todo um desdobramento que a secretaria vai buscar resolver, junto com parceiros, caso a caso”,

De acordo com números fornecidos pela comunidade venezuelana, vivem atualmente no Rio de Janeiro, 1.135 venezuelanos, entre refugiados e migrantes. Dados divulgados pela SEDHMI mostram que no primeiro semestre deste ano, a Polícia Federal de Roraima contabilizou 5.787 pedidos de venezuelanos buscando refúgio, 3.500 a mais do que em todo o ano de 2016.

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