‘Golpista gato’: quem é Christian Jacob, cuja prisão foi pedida pelo MP
Denunciado em 2021, empresário vem se mudando constantemente e continua aplicando golpes; ele teria se beneficiado com R$ 100 mil de namoradas e amigos

Acusado em 2021 de aplicar golpes financeiros e furtar objetos pessoais de duas namoradas, o empresário Christian Kistmann Jacob, de 32 anos, teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público do Rio nesta quinta (22). A promotora Luciana Barbosa Delgado justificou o pedido afirmando que as mudanças constantes de Christian vem dificultando a localização dele, além de haver indícios de que ele continua cometendo estelionato.
+ Reação de Vini Jr. é estopim para medidas de combate ao racismo no futebol
Os dois relacionamentos de Christian eram simultâneos, o que as duas mulheres não sabiam. Em 2021, as namoradas dele se conheceram. Uma delas, que se relacionava com ele havia três meses, compartilhou o sumiço de objetos pessoais de valor, como jóias e relógio. A outra, com o empresário há mais de um ano, explicou ter aplicado R$ 15 mil em um empreendimento de “dropshipping” — quando uma empresa atua como revendedora de produtos — a ser criado pelo acusado nos Estados Unidos.
Na denúncia aberta em 2021, o MPRJ acusa o empresário de estelionato e furto, afirmando que o mesmo teria se beneficiado em pelo menos R$ 100 mil, considerando tantos os crimes contra as mulheres quanto a outros amigos, ouvidos como testemunhas. No pedido de prisão preventiva, a promotora observou que, mesmo após a criação da ação penal contra ele, o empresário “continou a aplicar golpes”, pois tentou utilizar o talão de cheques de uma das namoradas. O advogado das vítimas, André Perecmanis, explicou ao jornal O Globo que as últimas transações só não foram bem sucedidas porque o banco não compensou o cheque.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Uma das namoradas chegou a procurar duas delegacias naquele ano. Na da Barra da Tijuca (16ªDP), apresentou uma queixa-crime, explicando que havia sido avisada pelo gerente de um banco que um cheque de sua titularidade havia sido depositado na conta de uma amiga de Christian, em uma agência mineira. Na de Ipanema (13ªDP), contou ter investido R$ 15 mil nos négocios do empresário, além de ter emprestado US$ 10 mil para que ele conseguisse um visto permanente nos Estados Unidos.