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Como funciona o ‘golpe do pix’, aplicado em comerciantes por presidiários

Criminosos agem como se conhecessem a rotina dos lojistas para ameaçá-los; polícia diz que eles pegam informações na internet

Por Da Redação
25 jan 2024, 17h07
PIX
Golpe do PIX 2.0: golpista usa um aplicativo fake que se parece muito com o original do banco para obter comprovante de pagamento fake (Internet/Reprodução)
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A Polícia Civil investiga denúncias de comerciantes da Zona Oeste, que dizem estar recebendo ameaças de bandidos se dizendo milicianos para aplicar golpes. “Uma pessoa me ligou, me ameaçou, ameaçou a minha família, falou que eu ia ter uma perda familiar. Ele sabia onde eu morava, o que eu fazia, sabia onde moravam os meus pais. Eles começaram pedindo R$ 3 mil, e depois reduziram pra R$ 1,2 mil”, contou à TV Globo uma Uma vítima, que preferiu não se identificar. A ameaça aconteceu na manhã desta quarta (24). O mesmo golpe já foi aplicado no Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Sepetiba, Santa Cruz e Campo Grande. A exigência é que as transferências sejam feitas por pix

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Uma outra vítima contou que os bandidos chegaram a enviar fotos da fachada da casa dela. “Eles começaram a fazer ameaças dizendo que iam tacar fogo na minha casa, se eu não arrumasse os R$ 2 mil pra eles”, contou ela, mostrando a gravação que fez da abordagem: “Já teve o prazo. A senhora me pediu uma hora. O problema é da senhora. Pega emprestado, dá o jeito da senhora”, intimida o criminoso. A comerciante acabou fazendo a transferência de R$ 1 mil ao bandido.

“As investigações apontam que as ligações estão sendo feitas por criminosos presos em um presídio de Japeri, Engenheiro Pedreira”, disse ao telejornal a tenente Andressa Cunha, coordenadora do Recreio Presente. Segundo ela, os bandidos fingem saber endereços e rotina das vítimas para coagi-las, mas que as informações são retiradas de sites na internet.

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A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que não recebeu nenhuma informação a respeito da investigação citada, mas que realizou vistoria nas unidades prisionais Milton Dias Moreira e Cotrim Neto, em Japeri, e no Instituto Penal Edgar Costa, em Niterói, motivadas por uma investigação da Subsecretaria de Inteligência da secretaria. Ao todo, 28 celulares foram apreendidos. Um suspeito de envolvimento foi identificado como Iago Mendes Silva, que foi colocado em isolamento na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1). A Seap vai abrir uma sindicância para apurar as responsabilidades do suspeito.

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