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“Fico honrada e muitíssimo alegre”, diz Bethânia sobre vitória da Mangueira

Enredo em homenagem à cantora leva a escola a quebrar o jejum depois de treze anos sem vencer

Por Agência Estado
Atualizado em 5 dez 2016, 11h30 - Publicado em 11 fev 2016, 11h51
Mangueira - Carnaval 2016
Lançamento em DVD: Filme que homenageia cantora agora está disponível em mais um formato (Divulgação/Divulgação)
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A cantora Maria Bethânia comemorou de casa o campeonato da Mangueira, escola carioca que a homenageou. “Fico honrada e muitíssimo alegre de a Mangueira receber esse prêmio, porque é minha escola desde 1965, quando cheguei ao Rio. Me levaram às 5 horas para ver as escolas, entrou algo verde-e-rosa e foi minha paixão. E hoje essa escola faz isso, homenageia o meu orixá através de mim. Desfilar foi delicioso”, declarou Bethânia à reportagem, por telefone.

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A cantora não foi à quadra para participar da festa do campeonato, a pedido da escola, porque o espaço, na zona norte do Rio, ficou lotado mas a ela estará no Desfile das Campeãs, sábado, 12.

Logo após a apuração, o irmão Caetano Veloso, que desfilou em um carro com outros artistas, como Ana Carolina, Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan, fez um vídeo comemorativo em que festejou: “A Mangueira é onde o Rio é mais baiano, então tinha que ganhar com Maria Bethânia”.

Apuração

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A disputa pelas primeiras colocações entre Mangueira, Salgueiro e Portela, que perdurou por grande parte da apuração, levou os torcedores em uma viagem no tempo a antigos carnavais, quando as três agremiações, mais a Império Serrano (hoje na Série A), eram conhecidas como “as quatro grandes do Rio”.

Na apuração desta quarta-feira, o Salgueiro e a Mangueira ficaram juntos até o quesito final, Alegorias e Adereços. O Salgueiro então perdeu dois décimos, o que inviabilizou a vitória. Com perdas em Enredo, Mestre-Sala e Porta-Bandeira e Comissão de Frente, a Portela acabou ficando em terceiro; atrás da Unidos da Tijuca.

Este ano, a avaliação contou com seis novos jurados e o julgamento foi mais criterioso. Não se viu a sequência sem fim de notas dez de anos anteriores. Resignada, Regina Celi Fernandes, presidente do Salgueiro, foi diplomática ao receber o resultado. “Jurado é feito para julgar e a gente, para aceitar”, limitou-se a dizer. Já o presidente da Beija-Flor, Farid Abrahão David, não aceitou bem as notas. “Estou com muita vontade de contratar os jurados de Enredo e Fantasia porque eles devem entender mais de carnaval do que a gente, pelas notas que deram.”

A homenagem a Bethânia, que fechou o carnaval na avenida, foi redentora para a Mangueira, que vinha de carnavais menos competitivos desde 2002. Naquele ano, a agremiação conquistou o primeiro lugar com um enredo sobre o Nordeste. Em 2015, terminara em 10º lugar (são 12 escolas); em 2014 e em 2013, em oitavo. Nos anos 2010, a melhor colocação havia sido em 2011, um terceiro lugar, e também uma homenagem, dessa vez ao compositor mangueirense Nelson Cavaquinho (1911-1986).

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