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Festa Literária Internacional das Periferias chega à quarta edição

Histórias e curiosidades sobre o Rio e seus habitantes

Por Lula Branco Martins e Heloiza Gomes
Atualizado em 2 jun 2017, 12h22 - Publicado em 31 out 2015, 00h00
Infografico
Infografico (Redação Veja Rio/)
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Livros nos morros

A Festa Literária Internacional das Periferias (Flupp) chega à quarta edição, homenageando a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999). De 3 a 8 de novembro, os morros da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, receberão cerca de cinquenta autores brasileiros e estrangeiros, entre eles o escocês Alan Campbell, o francês Caryl Férey, o alemão Uwe Timm e os locais Amyr Klink e Jean Wyllys. Fora as mesas de debate (foto), que acontecem nas chamadas “mandalas” (confira a localização no mapa ao lado), estão programadas ações com o objetivo de formar novos autores e leitores. Em De Porta em Porta, estudantes farão leituras em 450 casas e doarão as obras lidas. Em Sarau Peripatético, poetas sairão pelas ruas recitando poesia. Já o Rio Poetry Slam, competição internacional de poesia falada, reunirá dezesseis poetas. A programação conta ainda com exposição de quadrinhos, peça de teatro (Antígona Recortada) e filmes (Nise, o Coração da Loucura, de Roberto Berliner, e Imagens do Inconsciente, de Leon Hirszman). O evento faz parte do calendário de comemorações dos 450 anos do Rio.

Dez quilos de informação

Furtada pela primeira vez em 2014, e, recentemente, em maio, a placa com informações históricas sobre a Vista Chinesa, na Floresta da Tijuca, está de volta ao mirante, pelas mãos do empresário de moda Lauro Wöllner, um frequentador assíduo do local, que adotou o ponto turístico em 2013. Feita de aço inox, pesando 10 quilos e com 1 metro de base, agora ela traz uma foto panorâmica, que identifica aos visitantes pontos como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Praia do Arpoador. O pagode de estilo oriental erguido no século XIX fica a 380 metros do nível do mar.

Placa da Vista Chinesa
Placa da Vista Chinesa ()

Protestos viram arte

As manifestações de 2013 podem até não ter produzido o resultado esperado, mas viraram arte pelas mãos de Berna Reale. Durante os protestos de rua, a artista plástica fez fotos em que aparece vestida com a farda da tropa de choque e segurando objetos como arma de brinquedo, garrafa de Coca-Cola e bolas de borracha. A série de cinco fotografias sobre alumínio foi batizada de MMXIII e pode ser vista até 29 de novembro, na exposição Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais 1998-2013, no Paço Imperial. Berna, que também é perita criminal, é uma das  representantes do Brasil na 56ª Bienal de Veneza.

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exposição Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais 1998-2013
exposição Singularidades/Anotações: Rumos Artes Visuais 1998-2013 ()

37 milhões de reais

…serão gastos na construção do anexo do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Centro da cidade. Numa área de 13 000 metros quadrados, o novo espaço terá doze pavimentos, 135 leitos de internação e quinze de UTI pediátrica, salão de fisioterapia com hidroterapia e até sala de aula com professor, para evitar que as crianças que precisam de longo tratamento percam o ano letivo. O hospital ainda contará com sala de estudos, auditórios, centro de conferência e laboratório, que possibilitará a ampliação das pesquisas nas áreas de genética, biologia molecular e treinamento de microcirurgia. Inaugurado em agosto de 2013, o instituto já realizou cerca de 2 500 cirurgias, entre elas a retirada de tumores e de aneurisma.

Declaração de amor na Linha Amarela

Já imaginou milhares de pessoas como testemunhas de sua história de amor? Pois o tatuador Yurgan Barret, 34, registrou a dele em plena Linha Amarela, por onde passam cerca de 140 000 veículos por dia. Explica-se: o carioca fez um grafite como presente para a noiva, a gerente de negócios Anne Marinho, 29. O desenho remete a outro, feito por ela para o amado no início do namoro, em julho de 2014. A frase “Um amor para chamar de seu” acompanha a obra, que levou vinte horas para ficar pronta, depois de dois meses de negociação para obter autorização da Lamsa, administradora da via. “Mesmo que tivesse de passar o dobro do tempo trabalhando, embaixo de sol e chuva, faria tudo de novo”, afirma Barret, que escolheu o local pelo fato de Anne, que mora no Recreio, passar por ali para ir e voltar do trabalho, no Centro. “Tenho sorte de ter conhecido um homem que faz com que eu me apaixone todos os dias”, derrete-se ela.

Graffite na Linha Amarela
Graffite na Linha Amarela ()
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