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Sem revitalização à vista, Feira de São Cristóvão sofre com abandono

Gestores que estão desde a época do ex-prefeito Crivella não prestam contas, segundo feirantes locais, e picham a porta dos boxes inadimplentes

Por Redação
8 abr 2024, 16h48
São Cristóvão: feirantes querem a saída dos atuais gestores do espaço
São Cristóvão: feirantes querem a saída dos atuais gestores do espaço (./Divulgação)
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O projeto de um edital que previa investimentos de R$ 97,4 milhões na recuperação do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a famosa Feira de São Cristóvão, foi cancelado antes da entrega das propostas de concessão, e o espaço vive estado de deterioração e abandono em suas estruturas.

Há fios de eletricidade pendurados e emaranhados, lixo e detritos até dentro das caixas de incêndio, sem o equipamento de segurança, lonas rasgadas e piso esburacado no panorama atual do importante espaço cultural, de lazer e gastronomia que já recebeu shows de artistas como Gilberto Gil.

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O local permanece como um dos pontos da prefeitura que mais recebe visitantes, embora cerca de metade dos 600 boxes do pavilhão tenham fechado as portas durante a pandemia, sem conseguir reabrir. Na porta de algumas lojas há uma pichação em forma de “X”, indicando que o ponto está inadimplente.

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Comerciantes dizem que ela é feita por integrantes da Comissão de Organização e Administração da feira, que controla o lugar desde maio de 2020, para indicar aqueles que deixam de pagar a cota condominial entre R$ 200 e R$ 15 mil.

Enquanto o local se deteriora, trava-se uma batalha entre dois grupos. De um lado, a comissão que administra o espaço. De outro, o grupo de feirantes que encaminhou abaixo-assinado com 170 nomes para o município, pedindo a realização de eleição para a escolha de novos gestores.

No espaço, sob a responsabilidade da Riotur, quase todas as lojas do pavilhão dependem de gerador de luz, que é alugado por seus gestores. Até bem pouco tempo, o lugar também não dispunha de ligação de água, problema sanado recentemente pela concessionária Águas do Rio.

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As queixas dos comerciantes levam a crer que o local é controlado por um grupo que age em parâmetros ilegais, que não possui CNPJ nem registro na Junta Comercial. Segundo um feirante revelou ao jornal O Globo, os administradores não prestam contas sobre o dinheiro que arrecadam com ingressos, estacionamento e condomínios. O contrato com a atual gerência do local foi celebrado com o ex-prefeito Marcelo Crivella.

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