Ex-marido de Brent Sikkema, galerista assassinado no Rio, é preso nos EUA

Motivo da prisão, no entanto, foi fraude no passaporte; ele poderá ser solto após pagamento de fiança e ter que usar tornozeleira eletrônica

Por Da Redação
22 mar 2024, 13h39

Apontando como mandante do h0mic1dio do galerista Brent Sikkema, o ex-marido dele Daniel Sikkema foi preso nos Estados Unidos.

Apontando como mandante do homicídio do galerista Brent Sikkema, o ex-marido dele, Daniel García Carrera, foi preso nos Estados Unidos na última quarta (20). A informação foi confirmada pela polícia local nesta quinta (21). Apontado por Alejandro Triana Prevez, assassino confesso do americano, como o mandante do crime – que aconteceu na casa que Sikkema mantinha no jardim Botânico, em janeiro -, ele foi indiciado pela polícia do Rio. Mas o motivo da prisão de Carrera, que é cubano, em território americano foi fraude no passaporte. Ele poderá ser solto após pagamento de fiança. Caso seja, deverá usar tornozeleira eletrônica.

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Carrera foi casado com Brent por 15 anos. Os dois tiveram um filho, hoje adolescente. Segundo o jornal O Globo, até maio de 2022, o cubano era o maior beneficiário da herança do ex-marido. Durante o processo de divórcio, no entanto, Sikkema o retirou de seu testamento. Até então, ele seria o responsável pela gestão de bens do galerista — inclusive pela residência no Rio. Função esta que Sikkema passou para um amigo de infância, que mora em Nova York. Investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acreditam que o suspeito de ser o mandante do crime não tinha conhecimento da modificação no documento. Ainda segundo a polícia, Daniel era proprietário de dois imóveis comprados pelo ex-marido em Cuba — uma mansão e uma cobertura, em Havana —, avaliados em US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). Mas passou tudo para o nome de parentes seus, numa tentativa de excluir os imóveis da divisão de bens entre o casal.

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O norte-americano, de 75 anos, foi encontrado morto dentro de sua casa, no Jardim Botânico, com 18 facadas. Flagrado por câmeras de segurança, o também cubano Alejandro Triana Prevez foi identificado e preso como executor do crime. De acordo com Prevez, Carrera lhe confidenciou que o galerista estaria pagando baixos valores de pensão, enquanto tinha altos gastos com festas, drogas e garotos de programa. O ex da vítima também teria se demonstrado preocupado com um novo relacionamento de Sikkema, já que o namoro poderia lhe prejudicar na repartição de bens. No último sábado, a Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Carrera, incluída na difusão vermelha da Interpol.