Estádio do Flamengo: quais serão os impactos no trânsito da cidade

Aposta na revitalização da Zona Portuária e de São Cristóvão, nova arena para 80 mil pessoas preocupa por ficar em área conhecida por trânsito intenso

Por Da Redação
25 jun 2024, 18h14
Projeto do Estádio do Flamengo
Estádio do Flamengo: Landim acredita em obras aceleradas após arremate do terreno (Clube de Regatas do Flamengo/Reprodução)
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O anúncio do decreto municipal que desapropria o terreno do antigo gasômetro para a construção de um novo estádio para o Flamengo veio acompanhado de uma torcida para que a presença de uma arena na região seja benéfica para tanto para gerar empregos quanto para os negócios – já que inclui um centro de convenções. Mas o projeto, que tem como objetivo reforçar a revitalização da Zona Portuária e de São Cristóvão, bairro incluído recentemente no projeto Porto Maravilha, também traz preocupações. Afinal, um campo de futebol que fica nas redondezas do Terminal Intermodal Gentileza, da Rodoviária do Rio e dos acessos à Ponte Rio-Niterói e à Avenida Brasil promete impactar o trânsito da cidade.

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“É preciso planejar como fica a mobilidade na região, que hoje já é ruim. Um jogo no fim de semana é mais tranquilo, mas em dias de semana vai criar uma demanda além da normal da cidade. É uma questão que precisa ser muito bem desenvolvida. Uma ideia é que, dentro desse contrato que vai ser feito com o Flamengo, fique claro como o público chegará ao estádio, já que isso também é de interesse do clube”, disse ao jornal O Globo Ronaldo Balassiano, professor aposentado do programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ. Ele ressaltou que, apesar da proximidade com o Terminal Gentileza, a arena vai atrair um público muito grande que não utiliza transporte público.

A região onde o Flamengo quer construir o estádio para cerca de 80 mil pessoas é conhecida dos cariocas pelo trânsito intenso. Contribuem para isso os acessos à Ponte e à rodoviária, que atrai mais de cem mil pessoas num feriadão, assim como à Avenida Brasil e ao Porto, com grande fluxo de veículos pesados. “É preciso ver, por exemplo, como se dará a conexão do estádio com o Terminal Gentileza, que atende pessoas que vêm da Zona Oeste e da Baixada, além das zonas Norte e Sul”, acrescentou o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ), Sydney Menezes.

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Já o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RJ), Claudio Hermolin, destacou a importância de investimentos estruturantes na região. “Quando há um investimento dessa magnitude, eles alcançam a macrorregião. É um polo de atração de pessoas. Ao acoplar outros serviços, além do estádio voltado para o futebol, numa região como o Porto, não tenho dúvidas de que vai ser um grande impulsionador para acelerar essa ocupação da região”, disse ele ao jornal.

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