Estádio do Flamengo: por que a Caixa Econômica pede anulação de leilão

Clube arrematou o imóvel, por R$ 138 milhões, na última quarta (31); prefeitura do Rio diz que legalidade do procedimento foi atestada em juízo

Por Da Redação
6 ago 2024, 13h57

A Caixa Econômica Federal (CEF) pediu à Justiça a anulação do leilão do terreno do Gasômetro, onde o Flamengo planeja construir seu novo estádio. Foi na última sexta (2), dois dias depois de o clube arrematar o imóvel, por R$ 138 milhões. O pagamento já foi realizado.

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A Caixa Econômica já havia tentado impedir judicialmente a realização do certame. Nesta nova tentava, alega que o pregão teve como objetivo garantir que o Flamengo pudesse adquirir o imóvel por um valor inferior àquele estabelecido inicialmente pelo banco, na faixa dos R$ 250 milhões. A Caixa – que gerenciava um fundo de investimento proprietário do terreno, desapropriado pela prefeitura do Rio -, anexou ao processo fotos de políticos usando a camisa do time no leilão da última quarta para reforçar sua tese. Mas afirma que “jamais se opôs ao projeto do estádio” e ainda se coloca à disposição para retomar as negociações com o clube para vender o terreno “de forma republicana” e “chegando-se a um consenso em relação ao preço”, segundo o portal Tempo Real.

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Segundo a prefeitura, em nota, o leilão tem como objetivo a renovação urbana da região da Zona Portuária e o certame público foi, desde o primeiro momento, aberto a qualquer interessado. No comunicado, o município acrescenta que a legalidade do procedimento foi atestada em juízo e que vai trabalhar para a manutenção da iniciativa “que irá trazer benefícios para a região da cidade em que está localizado o terreno, que há mais de dez anos encontra-se abandonado e, portanto, sem cumprir sua função social”. O Flamengo e a Caixa preferiram não de manifestar.

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Onde será o novo estádio do Flamengo?

A região onde o Flamengo quer construir o novo estádio é onde ficava o antigo Gasômetro. Uma área ao lado do Terminal Gentileza, com acesso ao BRT e ao VLT, a 700 metros do trem e do metrô. “A gente tem uma mania no Brasil de induzir todo mundo a ir de carro, de táxi, a classe média adora isso. Mas temos que usar o transporte público“, diz o prefeito Eduardo Paes. A região do Gasômetro é conhecida dos cariocas pelo trânsito intenso e fica próxima aos acessos à Ponte Rio-Niterói e à Rodoviária do Rio, que atrai mais de cem mil pessoas num feriadão, sem contar a Avenida Brasil e o Porto, com grande fluxo de veículos pesados.

A prefeitura do Rio investe na renovação urbana da região. O bairro de São Cristóvão, que é vizinho, foi incluído no projeto do Porto Maravilha, e agora poderá passar por modificações para receber novos empreendimentos, como residenciais. Também está sendo feita a revitalização da Avenida Francisco Bicalho, onde está o projeto de renovação da antiga Estação Leopoldina, que inclui novos empreendimentos em seu entorno, como a Cidade do Samba 2, para abrigar as agremiações da Série Ouro do carnaval carioca. Além dos 14 galpões, um para cada escola de samba, está prevista uma praça de eventos com palco para shows de carnaval o ano todo.

Como será a nova arena do rubro-negro?

O projeto do Flamengo para o estádio prevê que ele tenha capacidade para 80 mil pessoas. A ideia é que a arena tenha uma construção mais vertical, semelhante ao Santiago Bernabéu, do Real Madrid, na Espanha. O clube também pensa na criação de um setor popular, como a antiga geral do Maracanã, para receber 15 mil torcedores. A construção contará com de bares, restaurantes, uma praça e um centro de convenções.

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