Papo sério na rua: esculturas discutem tecnologia em relações sociais
Cinco obras monumentais do artista visual Beto Gatti estão espalhadas em pontos de grande circulação do Rio, como a Praça Mauá e a orla de São Conrado

Quem passou nos últimos dias pela Praça Mauá, orla de São Conrado ou Galeão certamente notou as esculturas de até 2 metros de altura retratando primatas com corpos humanos. As instalações monumentais, assinadas pelo artista visual Beto Gatti, foram espalhadas por pontos estratégicos da cidade para provocar reflexões sobre o impacto da tecnologia nas relações sociais — hoje intermediadas por celulares, câmeras, drones e óculos de
realidade virtual.
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A proposta é dialogar diretamente com o público, além dos limites das galerias e das casas de colecionadores. “Apesar de eu saber que muita gente vai fotografar e esticar o assunto com seus contatos através dos celulares”, brinca Gatti, lembrando que as obras são figurativas, de fácil comunicação com pessoas de todas as idades e classes sociais.
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As peças, em bronze ou fibra de vidro, As peças, em bronze ou fibra de vidro, também foram criadas com base na tecnologia, com formas modeladas em computador e materializadas em impressora 3D. “Escolhi os primatas porque eles sempre foram usados para testes em relação à inteligência. Parece que agora nós é que estamos sendo testados”, acrescenta o artista. Uma conversa que está só começando. Um debate que mal começou.