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Escolas investem em novas fórmulas para educação infantil

Da aprendizagem colaborativa a lições em forma de game, as principais tendências do ensino para a garotada são adotadas no Rio

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 15 jun 2018, 18h32 - Publicado em 15 jun 2018, 18h28
Rio de janeiro: 06-05-2018: Escola Parque. (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Voltada para crianças de até 5 anos e 11 meses, a educação infantil é uma das áreas do ensino que mais vêm evoluindo nos últimos tempos. Seu intuito agora é, além de entreter os pequenos, desenvolver quanto antes os potenciais de criatividade, de sentido de colaboração e de pensamento crítico. Para atingirem seus resultados, instituições intensificam as apostas no ensino interdisciplinar — o inglês associado a aulas de arte, por exemplo — e trazem para dentro da sala de aula temas dos dias de hoje, como sustentabilidade. “A ideia é formar cidadãos cada vez mais conscientes, pessoas que, no futuro, não precisem de Operação Lei Seca para obedecer a uma lei”, explica Viviane Monteiro, orientadora pedagógica da Escola Parque. “Todos os estímulos que acontecem na primeira infância são responsáveis pela arquitetura do cérebro”, reforça Isabella Sá, diretora pedagógica da Escola Eleva. Atenção às novas diretrizes, a seguir:

Aprendizagem colaborativa

Os alunos são estimulados por meio de trabalho em equipe, jogos coletivos, convivência com colegas de nível mais avançado e até de outras filiais da instituição — como ocorre na Escola Parque, entre as unidades da Gávea e da Barra. “Eles conversam entre si, resolvem os problemas que aparecem, montam assembleias”, relata Viviane Monteiro. Nessa rotina, vão entendendo que cada um tem um papel na sociedade.

Horário integral mesmo

Muitas escolas estenderam o período de atividades, mas não apenas para facilitar a vida dos pais. “O horário integral era visto como substituição da casa: a criança almoçava e dormia. Hoje esse tempo é usado para proporcionar estímulos intelectuais, pois se entende que a escola é um espaço de formação do ser humano. O aluno brinca, aprende, pensa, descobre e explora o mundo”, explica Isabella Sá, diretora pedagógica do Eleva.

Artes em novo patamar

Antigamente, noções de arte na educação infantil limitavam-se a técnicas básicas de desenho, pintura e colagem — além, é claro, da clássica modelagem com massinha. Hoje, atuar, dançar e tocar instrumentos são ferramentas para que as crianças se expressem, se tornem sensíveis ao mundo que as cerca, desenvolvam a criatividade e o intelecto. “Elas começam a exercer a criatividade e, mais tarde, vão resolver problemas de forma original”, diz Isabella Sá.

Dia a dia Bilíngue

A globalização tornou ainda mais imprescindível o domínio de outra língua (em especial, o inglês). Cresce o número de escolas que apresentam todo o seu conteúdo em mais de um idioma. Instituições tradicionais estão adotando a medida. É o caso do Santo Agostinho, que, desde o início do ano, oferece o sistema no 1º ano do ensino fundamental. O Mopi e a Escola Parque usam o programa de ensino de inglês Edify, integrado às atividades escolares.

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Historias Cariocas
(Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Tecnologia ao alcance de todos

SELMY YASSUDA
Vitoria Flor Reis Abrantes e Vinicius Mendes de Moura na Sala de Realidade Virtual da Cultura Inglesa, Jacarepaguá. Foto: Selmy Yassuda (Selmy Yassuda/Veja Rio)

É um erro não se render às ferramentas digitais. Iniciativa inovadora, a Cultura Spot, projeto da rede de idiomas Cultura Inglesa, já está presente em quatro unidades. Uma parceria com o Google for Education, braço do gigante da tecnologia voltado para soluções no âmbito da educação, o programa prevê, entre outras mudanças, a introdução, em sala, de recursos de última geração — como os óculos de realidade aumentada.

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Lições ao ar livre

O conceito não é novo — remete à escola peripatética, fundada na Grécia Antiga —, mas, resgatado, provou-se tremendamente eficiente. Em ambientes abertos, os estudantes assimilam melhor informações sobre meio ambiente e preservação, por exemplo. “Usamos o pátio, as crianças ouvem histórias embaixo de palmeiras. Isso gera movimento, interação e flexibilidade”, explica Isabella Sá, diretora da Escola Eleva.

Precisamos falar de “gamificação”

Por que não aliar entretenimento a educação? O caminho, é claro, agrada aos alunos: passa pelo uso de jogos, eletrônicos ou não, no computador ou no tabuleiro, que favoreçam a transmissão do conteúdo. Muitas vezes, os games são criados pela própria turma — o que ainda proporciona senso de prazo, meta e trabalho em equipe, além do desenvolvimento de novas habilidades.

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