De assombrações ao Pará, os enredos e sambas do Carnaval 2025

Outros destaques são as homenagens a Milton Nascimento, ao mítico diretor de Carnaval Laíla e ao orixá Logun-Edé, entre muitas temáticas afro-brasileiras

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 fev 2025, 22h04 - Publicado em 27 fev 2025, 20h03
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 (Marco Terranova/Riotur)
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Acadêmicos do Salgueiro

Com assinatura do carnavalesco Jorge Silveira e do enredista Igor Ricardo, a escola leva para a Avenida o enredo Salgueiro de Corpo Fechado, sobre a relação humana com a busca pela proteção espiritual, mostrando símbolos sagrados da cultura negra. A história começa com o povo Mandinga na África e culmina com uma homenagem à umbanda carioca e a Zé Pelintra.

Acadêmicos do Grande Rio

A escola parte da música Quatro Contas, de Dona Onete, para prestar homenagem ao estado do Pará. Com o enredo Pororocas Parawaras: As Águas dos Meus Encantos nas Contas dos Curimbós, desenvolvido por Gabriel Haddad e Leonardo Bora, a agremiação promete “um mergulho nas águas amazônicas e uma jornada mística que mistura palácios, pajelanças, incensos, igarapés, Encantarias e terreiros de Tambor de Mina”.

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Beija-Flor

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O enredo, Laíla de Todos os Santos. Laíla de Todos os Sambas, presta uma homenagem ao mítico diretor de Carnaval, que morreu em 2021, vítima da Covid-19. Com a assinatura de João Vitor Araújo e a pesquisa de Bianca Behrends, Vivian Pereira e Guilherme Niegro, o desfile partirá da religiosidade e da fé em Xangô, passeará por sua atuação no Carnaval, dentro e fora da Beija-Flor, e terminará em um reencontro com outro grande nome que fez história na escola de Nilópolis, Joãosinho Trinta, no plano espiritual.

Estação Primeira de Mangueira

Desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, o enredo À Flor da Terra — No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões conta a vivência dos povos bantus na cidade do Rio de Janeiro. Boa parte dos africanos que foram sequestrados e escravizados que chegaram pelo Cais do Valongo eram desse grupo de etnias, e seus hábitos e culturas influenciaram a cultura do Rio de Janeiro em diversos níveis.

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Imperatriz Leopoldinense

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Vice-campeã do Carnaval em 2025, a escola de Ramos volta a abordar uma temática de religião de matriz africana após quase cinquenta anos. O enredo, Ómi Tútu ao Alafon — Água Fresca Para o Senhor de Ifón é baseado no itan (narrativa envolvendo os orixás) do candomblé que conta a história da ida de Oxalá ao reino de Oyó para visitar seu rei, Xangô. O desfile será assinado pelo carnavalesco Leandro vieira.

Mocidade Independente de Padre Miguel

Com o enredo Voltando para o Futuro — Não há Limites Pra Sonhar, a escola promete uma viagem intergaláctica, onde ela se reconecta com seu brilho mais intenso e questiona os próximos passos, em um manifesto e um pedido de conscientização da humanidade pelo seu próprio futuro. O desfile foi desenvolvido pelo casal Renato Lage e Márcia Lage, morta em 19 de janeiro deste ano.

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Paraíso do Tuiuti

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Com Quem tem medo de Xica Manicongo?, a agremiação de São Cristóvão irá contar a história daquela que é a primeira mulher não indígena de que se tem registro no Brasil. Nascida no Congo e trazida para Salvador no século XVI como escravizada, Xica se recusava a seguir os padrões masculinos da época. Documentada na história como homem homossexual, teve sua história reinterpretada pela ativista negra Majorie Marchi (1974-2016), que a classificou como travesti. Desde então, Xica se tornou um símbolo de resistência para a comunidade trans.

Portela

Fazendo referência a um verso da letra da canção Nos Bailes da Vida (de Milton Nascimento e Fernando Brant), o enredo Cantar Será Buscar o Caminho que Vai Dar no Sol — Uma Homenagem a Milton Nascimento, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, celebra o carioca criado em Minas Gerais, um gigante da música brasileira. Será a primeira vez que a Azul e Branca de Madureira homenageará uma personalidade brasileira viva.

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Unidos de Padre Miguel

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Voltando ao Grupo Especial após 52 anos, a escola apresenta enredo Egbé Iya Nassô, que fala sobre a trajetória da africana (nagô) Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, conhecido como o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. O desfile terá a assinatura de Lucas Milato, que já estava na agremiação, e Alexandre Louzada, que chegou à escola para a apresentação de 2025.

Unidos da Tijuca

Em Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita, a escola vai falar sobre o orixá Logun-Edé, filho de Oxóssi e Oxum, jovem caçador, exímio feiticeiro e que tem como uma das suas características a dualidade. Suas cores são as mesmas da escola: azul e amarelo. A narrativa começa na história de amor de amor dos pais do orixá para sobre Logun-Edé e sobre a cultura e a diáspora africana. O samba-enredo tem Anitta entre os autores.

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Unidos do Viradouro

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Atual campeã do Carnaval carioca, vai falar de um líder quilombola que virou entidade afro-indígena em Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos. Com assinatura do carnavalesco Tarcisio Zanon, o desfile retorna ao século XIX, em Pernambuco, para narrar a resistência do quilombo do Catucá e a luta de seu último líder, João Batista, o Malunguinho, que foi duramente perseguido.

Unidos de Vila Isabel

Em Quanto Mais Eu Rezo, Mais Assombração Aparece, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros, a escola mostrará como as assombrações que fazem parte do imaginário popular estão no nosso dia a dia de várias formas, em diversas fases da vida. O samba tem como um dos autores Raoni Ventapane, que é neto do presidente de honra da agremiação, Martinho da Vila.

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