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Empresas vão retirar ônibus de circulação em casos de vandalismo

Somente neste ano, 51 ônibus foram destruídos por ações criminosas

Por Agência Brasil
4 Maio 2017, 14h12
Mais ônibus foram queimados neste ano do que em 2016 inteiro (Cléber Júnior/Extra/Agência O Globo)
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As empresas de transporte de passageiros por ônibus do estado do Rio decidiram paralisar a circulação dos ônibus sempre que a segurança de passageiros e rodoviários estiver em risco. Além disso, em comunicado, as empresas afirmam que, diante da incapacidade do Poder Público de garantir a segurança, decidiram recorrer à Justiça em busca de reparação aos prejuízos causados pelo setor e prestar queixa-crime contra os que participarem ou estimularem atos de vandalismo. As empresas dizem ainda que vão comunicar as decisões ao Ministério Público estadual.

O comunicado foi divulgado um dia depois de confrontos entre facções rivais que resultaram na queima de nove ônibus e dois caminhões na Avenida Brasil e na Rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), no trecho da Baixada Fluminense. Segundo a polícia, criminosos de Parada de Lucas tentaram dominar os pontos de venda de drogas na Cidade Alta, em Cordovil, considerado estratégico por sua localização junto à Avenida Brasil e a rodovia federal.

De acordo com o comunicado, a Federação de Transportes de Passageiros do Estado (Fetranspor) “repudia e manifesta indignação em relação aos atos criminosos que têm destruído por meio de incêndios, os veículos que servem a um sistema que transporta diariamente mais de 8 milhões de passageiros no Estado”.

Somente neste ano, 51 ônibus foram destruídos por ações criminosas, superando os registros de todo o ano de 2016, quando 43 ônibus foram queimados.

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De acordo com a entidade, a cada 2,5 dias um ônibus foi incendiado no Rio em 2017, com prejuízo direto aos usuários. Além dos riscos à vida de passageiros e rodoviários, os usuários sofrem com menos opções para deslocamentos, maior tempo de espera nos pontos e viagens menos confortáveis, com a redução da frota em operação. A federação informa também que devido à crise econômica e ao aumento do desemprego no estado, “os ônibus destruídos não serão substituídos”.

A Polícia Militar informou por meio de nota que o patrulhamento ostensivo da unidade operacional de Olaria, responsável pelo policiamento na região da Cidade Alta e Parada de Lucas, conta também com o cerco preventivo do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais, que atua ao longo da Avenida Brasil e vias expressas do Rio, com apoio de outras unidades da corporação que reforçam o patrulhamento na região.

Na ação de ontem (2), a PM prendeu 45 pessoas envolvidas no confronto armado entre as facções rivais e apreendeu 32 fuzis, três pistolas automáticas, além de oito granadas defensivas de uso exclusivo das Forças Armadas. Duas pessoas morreram no confronto com a corporação e três policiais militares ficaram levemente feridos por estilhaços de granadas.

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