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Quem é Eduardo Monteiro, da Petra Gold, alvo da PF por lavagem de dinheiro

CEO e dono do grupo, cujas operações tinham características de pirâmide financeira, segundo a CVM, teve bens bloqueados a pedido da Justiça

Por Da Redação
Atualizado em 6 dez 2023, 16h44 - Publicado em 6 dez 2023, 16h41

O CEO e dono da Petra Gold, Eduardo Monteiro Wanderley, foi alvo de uma ação da Polícia Federal contra crimes financeiros e de lavagem de dinheiro na manhã desta quarta (6). Segundo a PF, o esquema funcionava por meio de patrocínio a artistas, esportistas, eventos e museus, como o Mar e o MAM. Com o propósito de difundir o nome do grupo, Wanderley chegou a comprar o antigo Teatro Leblon, rebatizado com o nome da empresa, em 2019. Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa dele, no Flamengo. A 8ª Vara Federal Criminal do Rio também determinou o sequestro de bens de Wanderley e de demais investigados no valor de R$ 300 milhões.

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Segundo informações da TV Globo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já tinha apontado “características de pirâmide” nas operações da firma. Mas a Petra Gold desrespeitou uma determinação da CVM e continuou a captar investidores. O grupo de Wanderley trabalhava oferecendo debêntures, títulos de renda fixa comumente emitidos pelas companhias para financiar projetos e operações. Debêntures são uma alternativa a empréstimos bancários, e os investidores privados passam a ser credores: quando uma pessoa compra debêntures, na prática está emprestando dinheiro a uma empresa e receberá juros por isso. No caso da Petra Gold, a promessa era de 1,3% de rendimento ao mês para quem “comprasse” parte das dívidas do grupo.

Em relatório, a CVM alertou em 2020 que “pelo histórico da Petra Gold, teria sido constatado que a emissão [de debêntures] seguinte possui sempre um valor igual ou superior à anterior – a primeira foi de R$ 5 milhões, a segunda e a terceira, de R$ 40 milhões, e a quarta, de R$ 60 milhões —, sendo esta a principal característica de um ‘esquema Ponzi’”. Esquema Ponzi também é conhecido como pirâmide financeira, em que entrantes sustentam, com “investimentos”, o lucro de quem aderiu há mais tempo. Em um dado momento, os pagamentos não dão conta, e a pirâmide desaba.

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No início deste ano, a empresa foi alvo de investigação da Polícia Civil do Rio, desta vez por estelionato e organização criminosa. De acordo com a polícia, a Petra Gold impediu o resgate de valores aplicados por clientes, num total que poderia ultrapassar R$ 3,5 milhões. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, emissão ilegal de debêntures e gestão fraudulenta de instituição financeira. Se condenados, podem pegar até 30 anos de reclusão. A Petra Gold e Walderley não foram localizados para se manifestar.

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