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‘É preciso saber viver’: governador do Rio rebate acusações com música

Cantor gospel, Claudio Castro entoou canção de Roberto e Erasmo em dia em que sua chapa à releição se tornou alvo de um pedido de cassação e inelegibilidade

Por fthedim
Atualizado em 15 dez 2022, 16h34 - Publicado em 15 dez 2022, 15h37

Reeleito no primeiro turno com 58,6% dos votos e prestes a iniciar seu segundo mandato, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e toda sua chapa à releição se tornaram alvo de um pedido de cassação e inelegibilidade, protocolado pela Procuradoria Regional Eleitoral do Rio do Ministério Público Federal, nesta quarta (16). A acusação é de conduta vedada a agente público e de abuso de poder político e econômico nas contratações secretas para a Fundação Ceperj e para programas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em ano de eleição. Na noite da mesma quarta, em evento previamente marcado com a imprensa para conversar sobre os resultados de sua primeira gestão e os projetos para os próximos quatro anos, Castro negou irregularidades e minimizou os problemas, antes de encerrar a noite cantando “É preciso saber viver”, de Roberto e Erasmo Carlos, para os jornalistas.

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“Estou muito tranquilo. É direito do Ministério Público denunciar. Faz parte de quem está concorrendo, que está na gestão”, disse o governador, que é cantor gospel com dois álbuns de música católica gravados e que e solta a voz aos domingos na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Barra, acrescentando que acredita que o pedido seja arquivado. Segundo ele, a quantidade de minutos usada em TVs como a Globo para noticiar o caso do Ceperj ficou em torno de três horas durante sua campanha. “Tem gente que diz que [a minutagem] foi maior que a da Lava Jato. Não consigo ver a vantagem eleitoral que a procuradora da República acha. Ao contrário. Se for acusado, é de prejuízo eleitoral. O que eu apanhei [por causa] disso, não está no gibi”, afirmou.

O Ministério Público Federal também pediu a cassação e inelegibilidade do vice governandor eleito, Thiago Pampolha; do deputado eleito Rodrigo Bacellar (PL), hoje secretário estadual de Governo e favorito na corrida pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em 2023; e de mais nove pessoas. Castro é acusado, por exemplo, de usar cargos secretos na Uerj para obter uma suposta vantagem para o pleito municipal, em 2024. O MPF diz que os programas ligados à universidade continuam com os pagamentos ativos e são pagos em parte com verbas oriunda do leilão da Cedae. Os procuradores ainda afirmam que parte das contratações de mão de obra terceirizada para a execuções dos projetos da Uerj e Ceperj com outras pastas do governo estadual são violações da lei eleitoral.

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O pedido da Procuradoria não impede a diplomação do governador que está prevista para esta sexta (16). Em nota, a Coligação Rio Unido e Mais Forte informa que vai apresentar os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral, em tempo oportuno, para comprovar a conduta idônea da chapa eleita no pleito ao Governo do : “O governador Cláudio Castro e o vice-governador eleito, Thiago Pampolha, estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos a fim de confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral”.

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