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Fatura caríssima: a ostentação de Domingos Brazão, preso no caso Marielle

Resort em Curaçao, R$ 19 mil por show de tenor, lucro de 1.742% com posto são exemplos das finanças suspeitas do conselheiro do TCE, segundo PF

Por Da Redação
Atualizado em 24 Maio 2024, 16h55 - Publicado em 24 Maio 2024, 16h50

Estada com a família num resort cinco estrelas em Curaçao, paraíso fiscal no Caribe, em janeiro: R$ 60 mil; fatura do cartão de crédito em fevereiro passado: R$ 48 mil, sendo R$ 19,3 mil em ingressos para o show do tenor italiano Andrea Bocelli. Acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), tinha, de acordo com a Polícia Federal, gastos acima de sua capacidade econômica.

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De acordo com as investigações da PF, essa vida de gastos vem dos investimentos do conselheiro em postos de combustível, inicialmente, e depois em imóveis. Os postos de combustíveis garantiu milhões de reais em espécie a partir de depósitos nas empresas das quais era sócio. Em suas declarações de renda, de acordo com a PF, Domingos Brazão não escondeu a sua evolução patrimonial. Entre 2010 e 2016, por exemplo, os ganhos do conselheiro do TCE atingem um aumento da ordem de 1.742%. Um dos alvos da Operação Quinto do Ouro, uma das fases da Lava Jato, no Rio de Janeiro, Brazão teve, na ocasião, anotações contábeis apreendidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. O relatório da PF informa uma das situações: “Em forma de livro caixa, com lançamento de créditos e débitos se registra o recebimento, no ano de 2015, de R$ 1.105.000,00 a título de “distribuição de lucros Santa Catarina, na forma de dinheiro em espécie”.

Os policiais federais tomam por base uma análise sobre Domingos Brazão feita pelo Ministério Público estadual do Rio. O documento mostra haver uma “discrepância” entre a suposta distribuição de lucros dos postos de combustíveis em favor de Domingos com o volume de combustível adquirido pelas empresas. De acordo com a PF, houve uma “explosão na lucratividade” do posto Santa Catarina Combustíveis, que pertenceria ao conselheiro. Ao comparar com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o registro de volume de combustível distribuído ao posto, em 2015, foi inferior à quantidade comercializada em
2013 e 2014.

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Para a PF, demonstrar todos esses gastos e ganhos de Domingos Brazão consolida a motivação dos irmãos Brazão de matar Marielle Franco pelo interesse econômico da família ao investir na grilagem de terras na Zona Oeste do Rio que tinha como pano de fundo a aprovação do projeto de lei 174/2016, de autoria de Chiquinho Brazão na Câmara de Vereadores do Rio. As informações são do G1.

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